Abstração

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(3)
(3)
 
(7 edições intermediárias não estão sendo exibidas.)
Linha 8: Linha 8:
: Referência:
: Referência:
-
: (1) JARDIM, Antonio. '''Música: vigência do pensar poético'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 173.
+
: (1) JARDIM, Antonio. '''[[Música]]: [[vigência]] do [[pensar]] [[poético]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 173.'''
: - Ver o verbete [[abstrato]].
: - Ver o verbete [[abstrato]].
== 2 ==
== 2 ==
-
: "A [[palavra]] [[abstrato]] vem do [[latim]] ''abstraho'' que diz do que se retira, do se apresenta idealmente ou do que se representa. Em última instância, [[abstrato]] diria de uma [[representação]] à qual não corresponde nenhum dado sensorial ou [[concreto]]. Enquanto [[representação]], a [[abstração]] implica [[sempre]] um [[outro]], e institui [[sempre]] uma [[necessidade]] de [[correspondência]]. O [[abstrato]] traz consigo a [[necessidade]] de se [[perguntar]] o que ele abstrai, de onde ele se retira, o que ele [[representa]]. A [[abstração]] implica também, por outro lado, a [[identidade]] enquanto operacionalizador, na medida em que não é capaz de [[configurar]] o [[sentido]] desde sua [[própria]] [[vigência]]" (1).
+
: "A [[palavra]] [[abstrato]] vem do latim ''abstraho'' que diz do que se retira, do se apresenta idealmente ou do que se representa. Em última instância, [[abstrato]] diria de uma [[representação]] à qual não corresponde nenhum dado sensorial ou [[concreto]]. Enquanto [[representação]], a [[abstração]] implica [[sempre]] um [[outro]], e institui [[sempre]] uma [[necessidade]] de correspondência. O [[abstrato]] traz consigo a [[necessidade]] de se [[perguntar]] o que ele abstrai, de onde ele se retira, o que ele representa. A [[abstração]] implica também, por outro lado, a [[identidade]] enquanto operacionalizador, na medida em que não é capaz de configurar o [[sentido]] desde sua [[própria]] [[vigência]]" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) JARDIM, Antonio. '''Música: vigência do pensar poético'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, pp. 173-4.
+
: (1) JARDIM, Antonio. '''[[Música]]: [[vigência]] do [[pensar]] [[poético]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, pp. 173-4.'''
== 3 ==
== 3 ==
-
: "O [[pensar]], ao se desvincular da memória, se desvincula, de certo modo, de sua própria possibilidade de relacionamento com o concreto. Além disso, ele se autonomiza, num processo de crescente abstração. Quer dizer, num movimento de sempre levar para fora, de retirar. Nesse processo, se instaura e insiste a [[Representação|re-presentação]] que passa por um percurso curioso desde a necessidade da presença do representado, até chegar a substituir completamente aquilo que deveria apenas [[representar]]" (1).
+
: "O [[pensar]], ao se desvincular da [[memória]], se desvincula, de certo modo, de sua própria possibilidade de relacionamento com o [[concreto]]. Além disso, ele se autonomiza, num [[processo]] de crescente [[abstração]]. Quer dizer, num [[movimento]] de sempre levar para fora, de retirar. Nesse [[processo]], se instaura e insiste a [[Representação|re-presentação]] que passa por um percurso curioso desde a [[necessidade]] da [[presença]] do representado, até chegar a substituir completamente aquilo que deveria apenas [[representar]]" (1).
: Referência:
: Referência:
-
: (1) JARDIM, Antonio. '''Música: vigência do pensar poético'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 189.
+
: (1) JARDIM, Antonio. '''[[Música]]: [[vigência]] do [[pensar]] [[poético]]. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 189.'''

Edição atual tal como 20h36min de 3 de Abril de 2025

1

"As abstrações e os processos abstratos, na trajetória da Cultura Ocidental, têm se revelado cada vez mais predominantes enquanto tentativas de medir, identificar e representar a realidade e assim, por meio da representação, têm sido mais simulacros tanto dos mistérios quanto da erradicação dos mistérios do que, propriamente, a admissão destes como um dos constituintes de realidade.
"[...] A abstração, como diz seu próprio prefixo, ao contrário do mistério, é movimento para fora, movimento des-centrador. Em seus encaminhamentos e em seus modos de relacionamento com a realidade, a abstração realiza um movimento contrário àquele produzido pelo mistério. A abstração é des-centramento" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 173.
- Ver o verbete abstrato.

2

"A palavra abstrato vem do latim abstraho que diz do que se retira, do se apresenta idealmente ou do que se representa. Em última instância, abstrato diria de uma representação à qual não corresponde nenhum dado sensorial ou concreto. Enquanto representação, a abstração implica sempre um outro, e institui sempre uma necessidade de correspondência. O abstrato traz consigo a necessidade de se perguntar o que ele abstrai, de onde ele se retira, o que ele representa. A abstração implica também, por outro lado, a identidade enquanto operacionalizador, na medida em que não é capaz de configurar o sentido desde sua própria vigência" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, pp. 173-4.

3

"O pensar, ao se desvincular da memória, se desvincula, de certo modo, de sua própria possibilidade de relacionamento com o concreto. Além disso, ele se autonomiza, num processo de crescente abstração. Quer dizer, num movimento de sempre levar para fora, de retirar. Nesse processo, se instaura e insiste a re-presentação que passa por um percurso curioso desde a necessidade da presença do representado, até chegar a substituir completamente aquilo que deveria apenas representar" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 189.
Ferramentas pessoais