Definição

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''[[Aprendendo]] a [[pensar]] I. Teresópolis: Daimon, 2008, p. 221. '''
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: "Em que consiste, porém, uma [[realização]] onto-[[poética]]? Desta não se fala nos meios de [[comunicação]] nem nos colégios ou faculdades. Isto ocorre porque é violentamente silenciada. Não que haja um [[sistema]] maquiavélico tendo como [[objetivo]] deliberado esta [[violência]]. Desta não se pode [[dar]] uma [[definição]], porque na [[definição]] começa a [[própria]] [[existência]] e operação de uma tal [[violência]]. Nem [[tudo]] pode [[ser]] [[definido]] na [[vida]], a começar pela [[própria]] [[vida]]. Qualquer [[definição]] de [[vida]] é já uma [[violência]]. A [[vida]] é para [[ser]] [[experienciada]]. Ao menos pode-se [[falar]] dela. Esta [[fala]], de tão rara, jamais faz [[parte]] da [[praga]]. Porém, uma tal [[fala]] nada adiantará se não se fizer de tal [[fala]] uma [[experiência]] de [[palavra]] como [[palavra]] de [[vida]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio. ''' "As três [[pragas]] do século XXI". In: Confraria - 2 anos. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2007, p. 17. '''

Edição atual tal como 19h49min de 26 de Dezembro de 2024

1

"Nenhuma definição, por mais infalível que seja, pode definir tudo, de modo a não necessitar ulterior interpretação. Uma definição, que pretendesse definir tudo não definiria nada; perder-se-ia no percurso de sua própria pretensão. Pois, regressando num regresso infinito, não ingressaria em coisa alguma" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar I. Teresópolis: Daimon, 2008, p. 221.

2

"Em que consiste, porém, uma realização onto-poética? Desta não se fala nos meios de comunicação nem nos colégios ou faculdades. Isto ocorre porque é violentamente silenciada. Não que haja um sistema maquiavélico tendo como objetivo deliberado esta violência. Desta não se pode dar uma definição, porque na definição começa a própria existência e operação de uma tal violência. Nem tudo pode ser definido na vida, a começar pela própria vida. Qualquer definição de vida é já uma violência. A vida é para ser experienciada. Ao menos pode-se falar dela. Esta fala, de tão rara, jamais faz parte da praga. Porém, uma tal fala nada adiantará se não se fizer de tal fala uma experiência de palavra como palavra de vida" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio. "As três pragas do século XXI". In: Confraria - 2 anos. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2007, p. 17.
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