Aedo
De Dicionário de Poética e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→2) |
||
(2 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
__NOTOC__ | __NOTOC__ | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | : "O aedo não precisa nem trabalha com fatos, a dimensão em que se vê instalado é outra que não a dos meros fatos. O aedo transcende os fatos. O [[historiador]] lhes é fiel. Os fatos são o ponto de partida de sua atividade e são trabalhados de modo a perfazerem uma determinada trajetória direcional numa determinada [[temporalidade]] de sucessões" (1). | + | : "O [[aedo]] não precisa nem trabalha com [[fatos]], a [[dimensão]] em que se vê instalado é outra que não a dos meros [[fatos]]. O [[aedo]] transcende os [[fatos]]. O [[historiador]] lhes é [[fiel]]. Os [[fatos]] são o ponto de [[partida]] de sua [[atividade]] e são trabalhados de modo a perfazerem uma [[determinada]] [[trajetória]] direcional numa determinada [[temporalidade]] de sucessões" (1). |
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 109. | + | : (1) JARDIM, Antonio. '''Música: vigência do pensar poético'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 109. |
== 2 == | == 2 == | ||
Linha 14: | Linha 14: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereiasâ€. In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 174. | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereiasâ€. In: -----. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 174. |
Edição atual tal como 01h21min de 6 de fevereiro de 2024
1
- "O aedo não precisa nem trabalha com fatos, a dimensão em que se vê instalado é outra que não a dos meros fatos. O aedo transcende os fatos. O historiador lhes é fiel. Os fatos são o ponto de partida de sua atividade e são trabalhados de modo a perfazerem uma determinada trajetória direcional numa determinada temporalidade de sucessões" (1).
- Referência:
- (1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 109.
2
- "Ulisses anunciou o mito aos companheiros. A sua fala é o mesmo mito enquanto anunciado, mas ainda não realizado. Não adianta ter a palavra cantada anunciada, memorizada, se ainda não foi realizada. Ulisses mitifica o que Circe mitificou. O relato de Homero é poético porque o agir de Ulisses é poético. Não podemos esquecer que o poeta é um aedo, isto é, um cantor. E só é poeta/aedo cantor porque canta a Escuta das Musas, ou seja, o canto das Musas/Sereias. E as Musas são as filhas de Zeus e Mnēmosýnē" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do Canto das Sereiasâ€. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 174.