Banalização
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→2) |
||
Linha 11: | Linha 11: | ||
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
+ | |||
+ | == 3 == | ||
+ | : "A ausência-de-[[pensamento]] é um hóspede sinistro que, no [[pensamento]] atual, entra e sai em toda [[parte]]. Pois, hoje toma-se [[conhecimento]] de [[tudo]] pelo [[caminho]] mais rápido e mais econômico e, no mesmo instante e com a mesma rapidez, [[tudo]] se esquece" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) HEIDEGGER, Martin. '''Serenidade'''. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 11. |
Edição de 21h40min de 9 de janeiro de 2022
1
- O banal é o trivial. E este se torna a essência do cotidiano, perdendo este o seu vigor originário. E, assim, mesmo vendo e sentindo, nos tornamos cegos e insensíveis para o extraordinário. Não é o social que nos condiciona. É a banalização e a trividalidade das vivências na uniformidade do cotidiano. E o seu sinal mais evidente é a banalização da linguagem.
2
- A banalização dá-se em dois momentos interligados: o tomar conhecimento pelo caminho mais rápido e econômico (meios digitais de comunicação, redes sociais etc.), e com a mesma rapidez essas informações serem esquecidas, porque não essenciais, ou seja, banais. No âmbito do consumo é a facilidade de comprar e usar serviços e utensílios, ligada à mesma facilidade de desfazer-se deles, abandonando-os, ou seja, eles perdem a função, ou porque foram ultrapassados por outros mais sofisticados ou porque ninguém mais usa, perdendo, portanto, a função. A questão maior é quando as próprias pessoas se banalizam e se tornam descartáveis. Essa talvez seja a característica maior de nossa época, império da tecno-ciência e das informações via redes sociais. A tecno-ciência, sem o horizonte do humano, facilmente leva ao banal.
3
- "A ausência-de-pensamento é um hóspede sinistro que, no pensamento atual, entra e sai em toda parte. Pois, hoje toma-se conhecimento de tudo pelo caminho mais rápido e mais econômico e, no mesmo instante e com a mesma rapidez, tudo se esquece" (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 11.