Sedeo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 51.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 51.
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: "''[[Sedeo]]'' é um [[verbo]] que concentra diversos [[sentidos]] especiais, que os aproximam das [[possibilidades]] e [[potencialidades]] do [[ser]]. Emprega-se na [[língua]] do [[direito]] e do [[ritual]], pois se refere ao [[juiz]] que, ao se sentar na sua [[cadeira]]/''[[sedes]]'', pode proferir [[sentenças]] com [[autoridade]], [[poder]] a ele conferido pelo [[lugar]] que ocupa, significado no [[estar]] sentado na ''[[sedes]]'' / [[cadeira]] de [[juiz]]. Claro que, no caso, [[proferir]] uma [[sentença]] está ligada ao ''ius dícere'', o [[ditar]], [[doar]] o ''[[ius]]'', o [[certo]], o que [[é]]. Há aí uma ligação [[evidente]] [[entre]] ''[[sedére]]'', ''dícere'' e ''[[ius]]'': [[ser]], [[dizer]] e o [[justo]], isto é, o [[verdadeiro]] e [[bom]]" (1).
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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 51.
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: "Quando percorremos os [[sentidos]] principais de [[sedeo]], notamos que, em primeiro [[lugar]], está em [[tensão]] com ''-sto'', indicando [[posições]] inversas a este. De outro lado, notamos que [[sedeo]] acaba realizando os mesmos [[sentidos]] que aparecem nas [[raízes]] de [[ser]]. Significa [[permanecer]], [[habitar]], ou seja, é dotado do [[mesmo]] [[poder]] de [[ser]]. É o [[poder]] do repouso e do [[silêncio]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 52.

Edição atual tal como 22h21min de 28 de Julho de 2020

1

"Sedeo não indica, originariamente, o ato comum e cotidiano de sentar-se. Há sempre um ritual. Lembremos da última ceia, o uso patriarcal do lugar de proeminência na hora das refeições e o rito de todos se sentarem depois dele (patriarca). Hoje, esse rito perdura em muitas comemorações" (1).
Sedeo é a primeira pessoa do presente do indicativo do infinitivo: sedere, cujo sentido mais corriqueiro e geral é sentar-se.


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 51.

2

"Sedeo é um verbo que concentra diversos sentidos especiais, que os aproximam das possibilidades e potencialidades do ser. Emprega-se na língua do direito e do ritual, pois se refere ao juiz que, ao se sentar na sua cadeira/sedes, pode proferir sentenças com autoridade, poder a ele conferido pelo lugar que ocupa, significado no estar sentado na sedes / cadeira de juiz. Claro que, no caso, proferir uma sentença está ligada ao ius dícere, o ditar, doar o ius, o certo, o que é. Há aí uma ligação evidente entre sedére, dícere e ius: ser, dizer e o justo, isto é, o verdadeiro e bom" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 51.

2

"Quando percorremos os sentidos principais de sedeo, notamos que, em primeiro lugar, está em tensão com -sto, indicando posições inversas a este. De outro lado, notamos que sedeo acaba realizando os mesmos sentidos que aparecem nas raízes de ser. Significa permanecer, habitar, ou seja, é dotado do mesmo poder de ser. É o poder do repouso e do silêncio" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ser e estar". In:------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 52.
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