Si-mesmo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: Normalmente indicamos uma [[posição]] pelas corretas indicações de [[tempo]] e [[espaço]]. Porém, estas não são causalmente anteriores à [[posição]]. Não há [[posição]] sem o nós-mesmos, sem o [[próprio]]. Por quê? As corretas indicações circunstanciais ainda não indicam nem manifestam o que propriamente somos, o nosso [[si-mesmo]]. É que o [[si-mesmo]] precede a [[posição]], não cronológica mas ontologicamente. Todo [[si-mesmo]] é um [[próprio]].
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: No [[vigorar]] do que se [[é]], do [[próprio]], as [[circunstâncias]] são literalmente circunstanciais. É nesse [[horizonte]] que o [[estou]] não é o [[sou]]. Toda [[posição]] é circunstancial, mas o [[sou]] a funda. E nem sempre o [[estou]] é a [[manifestação]] do [[sou]]. O [[estou]] circunstancial pode ser circunstancial, o que jamais pode [[acontecer]] com o [[sou]], jamais redutível a [[circunstâncias]], sejam elas quais forem. É nessa [[tensão]] que se dá o [[autêntico]] e o [[inautêntico]], sendo o [[inautêntico]] o deixar preceder e o se comportar pelo [[estar]], anulando o [[próprio]], o [[si-mesmo]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]].

Edição atual tal como 16h01min de 21 de Junho de 2019

1

Normalmente indicamos uma posição pelas corretas indicações de tempo e espaço. Porém, estas não são causalmente anteriores à posição. Não há posição sem o nós-mesmos, sem o próprio. Por quê? As corretas indicações circunstanciais ainda não indicam nem manifestam o que propriamente somos, o nosso si-mesmo. É que o si-mesmo precede a posição, não cronológica mas ontologicamente. Todo si-mesmo é um próprio.


- Manuel Antônio de Castro.


2

No vigorar do que se é, do próprio, as circunstâncias são literalmente circunstanciais. É nesse horizonte que o estou não é o sou. Toda posição é circunstancial, mas o sou a funda. E nem sempre o estou é a manifestação do sou. O estou circunstancial pode ser circunstancial, o que jamais pode acontecer com o sou, jamais redutível a circunstâncias, sejam elas quais forem. É nessa tensão que se dá o autêntico e o inautêntico, sendo o inautêntico o deixar preceder e o se comportar pelo estar, anulando o próprio, o si-mesmo.


- Manuel Antônio de Castro.
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