Vigorar
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
|||
Linha 1: | Linha 1: | ||
+ | __NOTOC__ | ||
== 1 == | == 1 == | ||
:O vigorar é o ''[[acontecer poético]]'': dá-se, desvela-se e vela-se. É o [[motivo]] por detrás de um outro motivo. Motivo é tudo que vigora na [[realidade]]. Sejam os nossos [[sentidos]], sejam as [[teorias]], eles nunca [[percebem]] e nem poderão perceber o que não se dá a perceber nos sentidos e nas teorias. É que por detrás de todo motivo há sempre um outro motivo. É nesse sentido que o pensador Heráclito nos diz: "Physis kryptestai philei"; A realidade ama [[velar-se]]. Ou seja: O que não cessa de vigorar desdobrando-se apropria-se no velar-se. O que não cessa de vigorar velando-se é o [[acontecer poético]] da realidade. O motivo por detrás de outro motivo é o desvelar-se e velar-se. É isso que os gregos consideravam [[verdade]], ou seja, [[aletheia]]. | :O vigorar é o ''[[acontecer poético]]'': dá-se, desvela-se e vela-se. É o [[motivo]] por detrás de um outro motivo. Motivo é tudo que vigora na [[realidade]]. Sejam os nossos [[sentidos]], sejam as [[teorias]], eles nunca [[percebem]] e nem poderão perceber o que não se dá a perceber nos sentidos e nas teorias. É que por detrás de todo motivo há sempre um outro motivo. É nesse sentido que o pensador Heráclito nos diz: "Physis kryptestai philei"; A realidade ama [[velar-se]]. Ou seja: O que não cessa de vigorar desdobrando-se apropria-se no velar-se. O que não cessa de vigorar velando-se é o [[acontecer poético]] da realidade. O motivo por detrás de outro motivo é o desvelar-se e velar-se. É isso que os gregos consideravam [[verdade]], ou seja, [[aletheia]]. | ||
Linha 4: | Linha 5: | ||
:- [[Manuel Antônio de Castro]] | :- [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
+ | |||
+ | |||
+ | |||
+ | ==2== | ||
+ | :“[...] vigorar significa [[permanência]] desmedida de ser, ou seja, um sempre [[existir|existente]] cuja temporalidade se refere ao [[infinito]], à [[plenitude]]” (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | :Referência: | ||
+ | |||
+ | :(1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 49. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | :'''Ver também:''' | ||
+ | |||
+ | :*[[Existência]] |
Edição de 12h56min de 10 de janeiro de 2014
1
- O vigorar é o acontecer poético: dá-se, desvela-se e vela-se. É o motivo por detrás de um outro motivo. Motivo é tudo que vigora na realidade. Sejam os nossos sentidos, sejam as teorias, eles nunca percebem e nem poderão perceber o que não se dá a perceber nos sentidos e nas teorias. É que por detrás de todo motivo há sempre um outro motivo. É nesse sentido que o pensador Heráclito nos diz: "Physis kryptestai philei"; A realidade ama velar-se. Ou seja: O que não cessa de vigorar desdobrando-se apropria-se no velar-se. O que não cessa de vigorar velando-se é o acontecer poético da realidade. O motivo por detrás de outro motivo é o desvelar-se e velar-se. É isso que os gregos consideravam verdade, ou seja, aletheia.
2
- “[...] vigorar significa permanência desmedida de ser, ou seja, um sempre existente cuja temporalidade se refere ao infinito, à plenitude” (1).
- Referência:
- (1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 49.
- Ver também: