Positivismo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 00h05min de 26 de março de 2009 por Andre (Discussão | contribs)

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O positivismo parte do positivo, do dado, do feito. O equívoco está em pensar que se pode partir do positivo como o posto sem que haja um "pôr". Este é que deve ser o ponto de partida. Ora, o pôr e o posto têm como horizonte o quê? O fazer/agir. E aqui é que mora a questão. E morar é o termo preciso no sentido de necessário. Quem é o sujeito do agir?
Depende da resposta, ou seja, do re-por a questão na resposta, ou seja, posta depois do círculo feito, onde algo se manifestou. Mas o que se manifestou? Três vias: a) o homem; b) a phýsis; c) o homem, mas como escuta da phýsis, onde o homem agindo chega a ser o que é: a consumação ou plenificação da phýsis que se destina como própria no próprio do homem como homem. A propriedade do que em si é o próprio: a phýsis. É a obra/homem, a plenitude, onde o empenho é o penhor de todos os empenhos, sendo o empenho a propriedade (humano) do penhor que é o próprio. Há então o Ereignis: o acontecer apropriante. É neste horizonte que se pode observar o positivo.
Quando o homem é o fundamento do agir só há empenhos sem realização do penhor nem do homem em sentido próprio. O homem se move no impróprio porque sua medida são as propriedades -- expressas e medidas como conhecimentos -- e não a medida como sendo o penhor cuja manifestação/alétheia de descobrimento do encobrimento é o próprio e não simplesmente as propriedades. A alienação aí significa o outro em que as propriedades não são o próprio como propriedades do próprio, ou seja, em que os empenhos não se empenham no e a partir do penhor, mas em algo que não é o penhor, porque não é o próprio (ambíguo, como ente de si e ente do ser).


- Manuel Antônio de Castro
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