Personagem

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: Também Riobaldo não é um [[personagem]] [[ficcional]]. Tanto o [[leitor]] como o [[personagem]]-Riobaldo só são [[ficção]] enquanto [[obra]] [[poética]], um [[figurar]] da [[verdade]] em seu [[acontecer]], manifestando e velando. Enquanto [[verdade]], nas verdadeiras [[obras poéticas]], manifesta, desvela e vela, por isso [[personagem]] diz, em seu significado [[original]] na [[língua]] latina: “máscara”, aquilo que parecemos [[ser]] e não somos, em verdade, só em [[aparência]] é que somos. Mas isso revela uma faceta de nossa [[personalidade]]. É uma [[questão]] complexa, porque há também um [[jogo]] [[entre]] [[consciente]] e [[inconsciente]]. Por isso os grandes autores remetem a [[questão]] para o "[[espelho]]". Esse [[jogo]] pode [[aparecer]] também [[entre]] o [[ver]] e o [[não-ver]], como acontece no caso exemplar de Édipo.  
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
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Edição de 01h41min de 14 de Junho de 2018

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Também Riobaldo não é um personagem ficcional. Tanto o leitor como o personagem-Riobaldo só são ficção enquanto obra poética, um figurar da verdade em seu acontecer, manifestando e velando. Enquanto verdade, nas verdadeiras obras poéticas, manifesta, desvela e vela, por isso personagem diz, em seu significado original na língua latina: “máscara”, aquilo que parecemos ser e não somos, em verdade, só em aparência é que somos. Mas isso revela uma faceta de nossa personalidade. É uma questão complexa, porque há também um jogo entre consciente e inconsciente. Por isso os grandes autores remetem a questão para o "espelho". Esse jogo pode aparecer também entre o ver e o não-ver, como acontece no caso exemplar de Édipo.


- Manuel Antônio de Castro.
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