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: "Um outro exemplo da idade moderna de [[criação]] da [[razão]] e da [[consciência]] é de Kant, ''cogitans objectum me objectum'', da Analítica dos Princípios. Pensando o [[objeto]] que não sou eu, mas que se opõe a mim e por isso é “ob-jecto”, descubro que sou eu que penso o [[objeto]] oposto a mim. Essa [[oposição]] não é tão radical assim. Por isso, isso é o que constitui a [[consciência]]. Sem essa [[experiência]] de não ser radical, de não ser por exclusividade e exclusão radical a diferença entre sujeito e objeto; por isso é que há a possibilidade da consciência, que pode se tornar qualquer coisa, sem violar e deturpar a [[diferença]]" (1).

Edição de 01h46min de 15 de Junho de 2018

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"Um outro exemplo da idade moderna de criação da razão e da consciência é de Kant, cogitans objectum me objectum, da Analítica dos Princípios. Pensando o objeto que não sou eu, mas que se opõe a mim e por isso é “ob-jecto”, descubro que sou eu que penso o objeto oposto a mim. Essa oposição não é tão radical assim. Por isso, isso é o que constitui a consciência. Sem essa experiência de não ser radical, de não ser por exclusividade e exclusão radical a diferença entre sujeito e objeto; por isso é que há a possibilidade da consciência, que pode se tornar qualquer coisa, sem violar e deturpar a diferença" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Idea, Eidos". Conf. proferida na UERJ, em 2005.