Interioridade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"A interioridade, de que necessita a [[autoridade]], reside assim na [[abertura]] para as diferenças, aberta pelo [[Nada]] do [[Mistério]]. Pois dizer que o homem é interioridade equivale a dizer que ao homem é dado pelo Mistério encontrar-se consigo e com os outros na abertura do Mistério" (1)
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:"A interioridade, de que necessita a [[autoridade]], reside assim na [[abertura]] para as [[diferenças]], aberta pelo [[Nada]] do [[Mistério]]. Pois dizer que o [[homem]] é interioridade equivale a dizer que ao [[homem]] é dado pelo [[Mistério]] encontrar-se consigo e com os [[outros]] na abertura do [[Mistério]]" (1)

Edição de 11h51min de 23 de Outubro de 2016

1

Foi o cristianismo quem trouxe e condicionou a explicitação sempre maior desta realidade, que chamamos interioridade, um ente que pode entrar em si mesmo e que, ao entrar em si mesmo, existe segregado do resto do universo, da exterioridade. O grande pensador da interioridade foi Santo Agostinho. Para ele, Deus está na alma de um modo mais interior do que a própria substância da alma é interior a si mesma. Filosofar é progredir na interiorização reflexiva, segundo ele, mas essa interiorização deve, por fim, transformar-se num transcender-se a si mesmo, em direção ao fundamento. Ao investigá-lo, a filosofia começa a ser teológica. Quando o fundamento se torna a razão, a interioridade se torna antropológica. As formas romanescas da modernidade palmilham o caminho da interioridade. Por isso, a arte é mais do que essas formas e não se reduz simplesmente a essa interioridade. Na arte não há separação entre interioridade e exterioridade.


- Manuel Antônio de Castro


2

"A interioridade, de que necessita a autoridade, reside assim na abertura para as diferenças, aberta pelo Nada do Mistério. Pois dizer que o homem é interioridade equivale a dizer que ao homem é dado pelo Mistério encontrar-se consigo e com os outros na abertura do Mistério" (1)


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar I. Teresópolis: Daimon, 2008, p. 224.