Ficção

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Porque é através da [[leitura]] de [[romances]], histórias e [[mitos]] que conseguimos entender as [[ideias]] que governam o [[mundo]] em que vivemos: é a ficção que nos dá acesso às [[verdades]] que a [[família]], a [[escola]] e a [[sociedade]] mantêm veladas, ocultas; é a arte do romance que nos permite [[perguntar]] quem afinal realmente somos" (1).
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:"Porque é através da [[leitura]] de [[romance|romances]], histórias e [[mito|mitos]] que conseguimos entender as [[ideia|ideias]] que governam o [[mundo]] em que vivemos: é a ficção que nos dá acesso às [[verdade|verdades]] que a [[família]], a [[escola]] e a [[sociedade]] mantêm veladas, ocultas; é a arte do romance que nos permite [[perguntar]] quem afinal realmente somos" (1).
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:(1) PAMUK, Orhan. ''A maleta de meu pai''. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, p. 66.
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:(1) PAMUK, Orhan. ''A maleta de meu pai''. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 66.

Edição de 13h59min de 6 de março de 2011

1

Aprender é aprender o que não pode ser ensinado. Ensinar é deixar que o que não pode ser ensinado ecloda, se desvele em cada um. Ficção vem do verbo latino fingere, figurar, dar figura. Toda figura, enquanto arte, ficção, só é figura se fizer o que não pode ser figurado eclodir, ser desvelado.


- Manuel Antônio de Castro


2

No conto de João Guimarães Rosa "Nada e a nossa condição" (1), ficção ou "fazer de conta" (2) é reinventar o real, "instaurar um novo mundo" (3). Isso aparece como nadificar . Nadificar significa "retirar as máscaras que vestimos" (4). Nadificar é a própria reinvenção do real, ou seja, nas palavras do personagem Tio Man'Antônio "fazer de conta". Aqui está o duplo significado de ficção: narrar para reinventar o real. A um tal narrar poderíamos denominar "ficção poética".


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) ROSA, Guimarães. "Nada e a nossa condição". In: Primeiras Estórias. 3ª edição. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.
(2) Idem.
(3) Idem.
(4) Idem.


3

"Porque é através da leitura de romances, histórias e mitos que conseguimos entender as ideias que governam o mundo em que vivemos: é a ficção que nos dá acesso às verdades que a família, a escola e a sociedade mantêm veladas, ocultas; é a arte do romance que nos permite perguntar quem afinal realmente somos" (1).


Referência:
(1) PAMUK, Orhan. A maleta de meu pai. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 66.