Esquecer

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:“Para um grego, esquecer não é um processo dentro do [[sujeito]]. Esquecer é um [[acontecimento]] ontológico em que o homem se realiza, na medida em que os descobrimentos e [[revelações]] lhe encobrem sua própria [[realização]]. Isto significa: o homem também se vela para si mesmo sempre que consegue revelar-se num [[empenho]] de ser e [[desempenho]] de [[não ser]]. Para realizar-se, o homem tem tanto de esquecer como de [[recordar]]. É o [[sentido]] de a coruja ser o animal-totem da [[sabedoria]] humana”, (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. A experiência grega da verdade. In:-------. ''Filosofia grega - uma introdução''. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 52.

Edição de 01h59min de 17 de janeiro de 2013

1

"Só muito sutilmente observa-se que a palavra grega correspondente a esquecer e também alude a um manter-se encoberto" (1).
"Próprio ao esquecer é retrair-se para si mesmo e alcançar o sulco de seu próprio encobrir-se. Os gregos fizeram a experiência do esquecimento, léthe, como destino de encobrimento" (2) e (3).


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 233.
(2) Idem, p. 233.
(3) Idem, Cf. p. 234


Ver também:


2

“Para um grego, esquecer não é um processo dentro do sujeito. Esquecer é um acontecimento ontológico em que o homem se realiza, na medida em que os descobrimentos e revelações lhe encobrem sua própria realização. Isto significa: o homem também se vela para si mesmo sempre que consegue revelar-se num empenho de ser e desempenho de não ser. Para realizar-se, o homem tem tanto de esquecer como de recordar. É o sentido de a coruja ser o animal-totem da sabedoria humana”, (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. A experiência grega da verdade. In:-------. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 52.