Destino
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→4) |
|||
Linha 26: | Linha 26: | ||
== 4 == | == 4 == | ||
- | :Cair, por si só, nos conduz ao [[mistério]] do obscuro. Porém, quando esta queda encurva, até mesmo a [[certeza]] do cair é desfeita. Logo, viver o que se pensa que se vive é uma incursão à [[ilusão]] protetora da [[realidade]] mediada por saberes, aquela na qual teimamos em permanecer velados do tempo sem medida, do destino imprevisível – uma vez que destino é o que está [[sendo]] na singularidade de cada momento. | + | :"Cair, por si só, nos conduz ao [[mistério]] do obscuro. Porém, quando esta queda encurva, até mesmo a [[certeza]] do cair é desfeita. Logo, viver o que se pensa que se vive é uma incursão à [[ilusão]] protetora da [[realidade]] mediada por saberes, aquela na qual teimamos em permanecer velados do tempo sem medida, do destino imprevisível – uma vez que destino é o que está [[sendo]] na singularidade de cada momento" (1). |
- | : | + | :Referência: |
+ | |||
+ | :(1) PESSANHA, Fábio Santana. "Homem: corpo insólito". In: GARCÍA, Flavio; PINTO, Marcello de Oliveira; MICHELLI, Regina (orgs.). ''[http://www.dialogarts.uerj.br/arquivos/o_insolito_e_seu_duplo_comunicacoes_livres.pdf O insólito e seu duplo]'' – Anais do VI Painel Reflexões sobre o Insólito na narrativa ficcional/ I Encontro Regional Insólito como Questão na Narrativa Ficcional. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2010, p. 140. | ||
Edição de 22h54min de 9 de Dezembro de 2010
1
- O que é Destino? É desvelar enquanto presença o que nos foi presenteado. Cada presença-destino, enquanto questão, é um desvelamento do que não cessa de se velar no destinar-se do Ser, do Nada. Toda presença participa do desvelamento na medida em que este é Destino do Ser. Por isso, toda presença, enquanto desvelamento, vigora no diálogo e enquanto diálogo. A presença-destino é o Ser se Essencializando enquanto Linguagem e Verdade. Isso é poiesis enquanto sentido ético, ou seja, o sentido do Ser.
2
- "Pensa-se que destino é o que a razão, fonte do livre agir do ser humano, não podia determinar nem controlar. Pela visão racionalista , o destino se opõe à liberdade humana. No existir o ser humano deve-se dar livremente a sua essência, o seu genos enquanto o seu quinhão. Nessa visão, a existência precede e determina a essência. O existir enquanto o como é deve determinar livremente o que é. O homem não tem um destino, dá-se um destino. Esta foi a utopia moderna, esquecida dos ensinamentos de mito de Édipo" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 26.
3
- "O grande paradoxo em Édipo é que quanto mais foge mais cumpre o destino. Então o destino, ligado ao genos, à família, lhe traz o aprendizado de uma aprendizagem. Uma aprendizagem que o liberta para o que é pelo que não é nem pode por ele mesmo chegar a ser" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 27.
4
- "Cair, por si só, nos conduz ao mistério do obscuro. Porém, quando esta queda encurva, até mesmo a certeza do cair é desfeita. Logo, viver o que se pensa que se vive é uma incursão à ilusão protetora da realidade mediada por saberes, aquela na qual teimamos em permanecer velados do tempo sem medida, do destino imprevisível – uma vez que destino é o que está sendo na singularidade de cada momento" (1).
- Referência:
- (1) PESSANHA, Fábio Santana. "Homem: corpo insólito". In: GARCÍA, Flavio; PINTO, Marcello de Oliveira; MICHELLI, Regina (orgs.). O insólito e seu duplo – Anais do VI Painel Reflexões sobre o Insólito na narrativa ficcional/ I Encontro Regional Insólito como Questão na Narrativa Ficcional. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2010, p. 140.
- Ver também: