Caminho

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:“Assim, imaginemos passos marcados na areia de uma praia, um caminho sempre solitário, pois mesmo que estejamos na companhia de alguém, cada um terá o registro de seus pés de forma única e inimitável. São marcas singulares que grafam no chão o peso de um corpo e o tempo de sua história” (1)
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:“Assim, imaginemos passos marcados na areia de uma praia, um caminho sempre solitário, pois mesmo que estejamos na companhia de alguém, cada um terá o registro de seus pés de forma única e inimitável. São marcas singulares que grafam no chão o peso de um corpo e o tempo de sua história” (1).

Edição de 14h29min de 8 de janeiro de 2014

1

Heidegger insiste muito na nossa travessia como caminho (1). Diz Leão: "O percurso entre o princípio e o fim é o curso de um início, combate de velamento e des-velamento entre as potências de ser, não-ser e aparência" (2). O mesmo autor, no volume II (3) de sua obra, na p. 181, discute o caminho como atividade, meio e fim e na p. 183, discute o caminho essencial.


- Manuel Antônio de Castro


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. "Ciência e pensamento do sentido". In:______. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 58.
(2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Diana e Heráclito". In: Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1977, p. 188.
(3) ________. Aprendendo a pensar II. Petropolis: Vozes, 1992.


Ver também:

2

"O fim do caminho seria de um modo ou de outro a consumação do próprio caminho e, para nós, o que é decisivo e importante é a caminhada com suas peripécias e vicissitudes. Deste modo, todo começo é já um fim e, assim, este não se caracteriza como sendo marcadamente determinado por nenhuma linearidade consumadora. O nosso caminho tenta ser trilhado pelo ocidente das questões, porque estamos determinados em última instância por esta mesma ocidentalidade, isto é, por essa modalidade que traz consigo tanto uma espécie de entardecimento, quanto de infinidade. Não entendemos de outro modo. Todavia, em relação a essa ocidentalidade é necessário ter-se alguma precaução, é necessário precaver-se" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro, 7Letras, 2005, p. 22.


Ver também:

3

"O que é um caminho? Caminho é o que se deixa alcançar. A saga do dizer é o que, sendo encantado, nos deixa alcançar a fala da linguagem. O próprio da linguagem abriga-se, portanto, no caminho com o qual a saga do dizer deixa aqueles que a escutam, alcançar a linguagem. Só podemos ser esses que escutam à medida que pertencermos ao dizer e sua saga. O deixar alcançar, isto é, o caminho para a fala, vem precisamente de um deixar pertencer à saga do dizer" (1).


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 205.


4

“Assim, imaginemos passos marcados na areia de uma praia, um caminho sempre solitário, pois mesmo que estejamos na companhia de alguém, cada um terá o registro de seus pés de forma única e inimitável. São marcas singulares que grafam no chão o peso de um corpo e o tempo de sua história” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 45.