Cânone

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(Criou página com '== 1 == : "Uma vez que a literariedade das obras tratava do que era poético em cada obra, do que era a essência do literário, como poderia haver um [[c...')
(1)
 
Linha 6: Linha 6:
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 45.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 45.
 +
 +
== 2 ==
 +
: "[[Verdade]] é simplesmente [[verdade]]. Também, se observarmos bem, as [[classificações]] que hoje se usam para essas [[obras]] como [[gêneros]] não existiam quando as [[obras]] foram escritas. Por isso, hoje, eliminar a [[obra]] por [[causa]] do [[cânone]] ou outra qualquer desculpa ignorante, é uma aberração. Diga-se também, que os [[escritores]] de tais [[obras]] [[mítico]]-[[poéticas]] jamais fizeram [[cursos]] ou oficinas de [[redação]] de [[obras poéticas]]. Jamais foram à [[escola]] [[aprender]] [[gramática]], [[retórica]] e [[lógica]]. Tudo isso que hoje se ensina como pressupostos para [[estudar]] e [[escrever]] a [[língua]] e as [[obras]] é estranho, é um preconceito pelo qual se elege ''[[apriori]]'', de antemão, um [[modelo]] oficial, o da [[gramática]] ou do [[gênero]] ou o [[ideológico]], para depois considerar o uso correto da [[língua]]" (1).
 +
 +
 +
: Referência:
 +
 +
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura e Crítica". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 122.

Edição atual tal como 22h47min de 30 de Outubro de 2020

1

"Uma vez que a literariedade das obras tratava do que era poético em cada obra, do que era a essência do literário, como poderia haver um cânone, um modelo apriori ou aposteriori? Se a obra sempre acontecia num limite, por outro lado, o que nela é poético e essencial, isto é, a literariedade, esta era ilimitada, para além e aquém de todo e qualquer cânone, modelo ou paradigma" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 45.

2

"Verdade é simplesmente verdade. Também, se observarmos bem, as classificações que hoje se usam para essas obras como gêneros não existiam quando as obras foram escritas. Por isso, hoje, eliminar a obra por causa do cânone ou outra qualquer desculpa ignorante, é uma aberração. Diga-se também, que os escritores de tais obras mítico-poéticas jamais fizeram cursos ou oficinas de redação de obras poéticas. Jamais foram à escola aprender gramática, retórica e lógica. Tudo isso que hoje se ensina como pressupostos para estudar e escrever a língua e as obras é estranho, é um preconceito pelo qual se elege apriori, de antemão, um modelo oficial, o da gramática ou do gênero ou o ideológico, para depois considerar o uso correto da língua" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura e Crítica". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 122.