Mito

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 05h36min de 14 de janeiro de 2009 por Felipe (Discussão | contribs)

Tabela de conteúdo

1

O ser humano se desdobra em diversas faces, mas a razão tende a tudo querer abarcar. No mito isso não acontece e não há a separação dessas faces, que seriam:
Conhecer
Pensar ______________ RAZÃO
Compreender
Querer
Desejar ______________ VONTADE
Questionar
Imaginar
Sonhar________________ IMAGINAÇÃO
Inventar
Crer __________________FÉ
Sentir
Apaixonar ____________ AFETIVIDADE / EMOÇÃO
Sensibilizar
      Mito   Arte   Religião  ____  AMAR


A ciência dividiu essa realidade complexa em três campos:
1- Racional
2- Volitivo
3- Afetivo


E a dois métodos:
1-Dedutivo-racional
2-Indutivo-experimental - observacional - estatístico


Porém, hoje as ciências cognitivas, antigas ciências do espírito, já se dão conta de que é essencial trazer para a questão não só a vida do homem, mas também sua vida experienciada no cotidiano. Porém, do cotidiano enquanto ordinário sempre falaram as artes, mas não para reproduzi-lo, mas surpreendê-lo e apreendê-lo na dimensão do extra-ordinário. Porque entre um e outro é que se dá o vigor do poético, o ditar do sagrado enquanto energia que a tudo realiza. Por isso, o mito se dá sempre no entre dos ritos enquanto acontecer dos mitos. Quando os ritos esquecem os mitos, começa a necessidade de criar o simbóliico. As ciências cognitivas se não ouvirem o poder do mito como presença na experienciação cotidiana do extraordinário estarão ainda tolhidas e surdas para a fala e voz do humano do homem.
A cultura: tudo que o homem faz, pensa, quer, sente e crê.

2

Seria necessário pensar a referência/relação mito/escrita. Até onde a escrita abole o rito e deixa o mito entregue ao rito da escrita, gerando assim uma “perda” entre o rito do mito e o rito da escrita, que se refletiria na própria relação/referência linguagem/língua/narração. Cf. para isso as distinções (insuficientes) que faço no ensaio: Teoria literária: representação e ética.


Referências:
www.travessiapoetica.blogspot.com

3

O mito é a língua do sagrado. A linguagem é o sagrado se manifestando em língua. Por isso o mito é a linguagem de toda língua.

4

Na poesia, o que se revela memória do mito é o apelo do logos para dizê-lo. Por isso, mais no silêncio e no vazio do que nas palavras, sons, gestos e cores, está presente o mito enquanto memória do silêncio da poesia. O rito é o logos se fazendo palavras, música, dança e pintura do mito.

5

Os mitos no sentido moderno são: “... progresso, liberdade, igualdade e tantos outros criados pela razão moderna”. Ora estes mitos constituem a paidéia da *Bildung*. Dela se afasta a paidéia da poiesis.


Referências:
SOARES, André Marcelo Machado. Nietzsche e Heidegger na teologia de Paul Tillich. In: Caderno de Letras. Faculdade de Letras. Departamento de Letras Anglo-Germânicas, Ufrj, no. 16, p. 127.

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