Modelo
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 13h35min de 20 de Novembro de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- "Uma vez que a literariedade das obras tratava do que era poético em cada obra, do que era a essência do literário, como poderia haver um cânone, um modelo apriori ou aposteriori? Se a obra sempre acontecia num limite, por outro lado, o que nela é poético e essencial, isto é, a literariedade, esta era ilimitada, para além e aquém de todo e qualquer cânone, modelo ou paradigma" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 45.
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- " - No livro, o senhor comenta que o principal fator de desorientação hoje é o falta de modelos. De onde tirá-los?.
- "O Sacro Império Romano tinha como modelo o Evangelho; os estados islâmicos tinham o Alcorão; o estado liberal foi baseado nas ideias de Smith e Montesquieu. A sociedade pós-industrial não tem modelo. E, sem um modelo, é impossível definir o que é bom e o que é ruim; o que é verdadeiro e o que é falso. Como diz Sêneca, "...nenhum vento é favorável para o marinheiro que não sabe para onde quer ir". Quem teve que elaborar o modelo necessário? Os intelectuais. Eles são os verdadeiros culpados da desorientação pós-industrial" (1).