Pensar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 02h20min de 3 de março de 2009 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"O eu pensante não tem idade, e, na medida em que os pensadores não existem efetivamente senão no pensar, sua felicidade e infelicidade é o se tornarem velhos sem envelhecer. Com a paixão do pensar ocorre o mesmo que acontece com as outras paixões: o que habitualmente conhecemos como particularidades próprias da pessoa, cuja totalidade ordenada pela vontade produz então algo como um caráter, não resiste ao assalto da paixão que toma e, de certa forma, se apodera do homem e da pessoa" (1).


(1) Referência
ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Cia. das Letras, 1987, p. 226.


2

"O eu que, pensando, "se sustém em si mesmo" na tempestade desencadeada, como diz Heidegger, e para quem o tempo literalmente pára, não só não tem idade, como também, ainda que sempre um eu especificamente diferente, não tem particularidade. O eu pensante é totalmente diferente do si da consciência" (1).


(1) Referência
ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Cia. das Letras, 1987, p. 226.


3

"Construir e pensar são, cada um a seu modo, indispensáveis para o habitar. Ambos são, no entanto, insuficientes para o habitar se cada um se mantiver isolado, cuidando do que é seu ao invés de escutar um ao outro. Essa escuta só acontece se ambos, construir e pensar, pertencem ao habitar, permanecem em seus limites e sabem que tanto um como outro provém da obra de uma longa experiência e de um exercício incessante" (1).
Referência
(1) HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001, p. 140.
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