Deus

De Dicionário de Poética e Pensamento

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: "Porque na [[narrativa]] da Escritura, três dentre eles dependem de um ''Primus'' que é sua origem e também, ao mesmo tempo, seu centro. No lugar de estar em primeiro lugar ou de ser a primazia o [[divino]], Heidegger nomeia, portanto, a [[quaternidade]] ou uma ''Uno-quaternidade do qual o centro não é nenhum dos quatro... Mas qual é então o [[nome]] de um tal centro? Heidegger o nomeia: ''das Heilige'', que podemos provisoriamente traduzir por ''o [[sagrado]]''" (1). O autor está se referindo à [[quaternidade]] composta por: Mortais ([[homens]]) e Imortais ([[deuses]]), Céu e Terra.
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: "Porque na [[narrativa]] da Escritura, três dentre eles dependem de um ''Primus'' que é sua origem e também, ao mesmo tempo, seu centro. No lugar de estar em primeiro lugar ou de ser a primazia o [[divino]], Heidegger nomeia, portanto, a [[quaternidade]] ou uma ''Uno-quaternidade'' do qual o centro não é nenhum dos quatro... Mas qual é então o [[nome]] de um tal centro? Heidegger o nomeia: ''das Heilige'', que podemos provisoriamente traduzir por ''o [[sagrado]]''" (1). O autor está se referindo à [[quaternidade]] composta por: Mortais ([[homens]]) e Imortais ([[deuses]]), Céu e Terra.

Edição de 02h00min de 24 de Julho de 2017

1

"É mostrando-se como aquele que é um Ele, que o deus desconhecido deve aparecer como o que se mantém desconhecido. A revelação de deus e não ele mesmo, esse é o mistério" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. " ... poeticamente o homem habita... ". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 174.


Ver também:

2

"Os gregos só puderam chamar de ζῷα as estátuas e imagens dos deuses, porque, para eles, as estátuas e imagens nunca eram estátuas e imagens no sentido de retrato e representação de ausentes na ausência. As imagens e estaturas eram os próprio deuses: presenças do mistério da realidade, realizações que emergem, surgem e vigoram por si mesmas, no vigor de uma vigência inesgotável, que não se deixa saturar" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, pp. 134-5.


3

- "Acredita em Deus, tio Jakob? Um Pai do Céu, um Deus do Amor? Um Deus com mãos, um coração e olhar vigilante?"
- "Não use a palavra "Deus". Diga "Santidade". Há santidade em todas as pessoas. Santidade humana. Todo o resto são atributos, disfarce, manifestação e truque. Não se pode decifrar ou capturar a santidade humana. Ao mesmo tempo... é algo que podemos pegar. Algo tangível que dura até a morte. O que acontece depois é escondido de nós. Apenas os poetas, músicos e santos... é que podem descrever aquilo que podemos apenas discernir: o inconcebível. Eles viram, conheceram, compreenderam... não totalmente, mas de modo fragmentado. Para mim é um conforto pensar na santidade humana" (1).


Referência:
(1) Ingmar Bergman. No filme A ilha de Bergman, de Marie Nyreröd. Bergman escolhe essa fala de um bispo, tio Jakob, personagem do filme Confições privadas, roteiro de Bergman e dirigido por Liv Ullmann, para dizer, sinteticamente, o que ele pensa a propósito dos temas religiosos de seus filmes.

4

"A paz, supremo Bem: não fora Deus a paz, / Meus olhos desviaria, sem pestanejar" (1).


Referência:
(1) SILESIUS, Angelus. Angelus Silesius - a mediação do nada. Org. Hubert Lepargner e Dora Ferreira da Silva. São Paulo: T. A. Queiroz, 1986, p. 69.


5

"Porque na narrativa da Escritura, três dentre eles dependem de um Primus que é sua origem e também, ao mesmo tempo, seu centro. No lugar de estar em primeiro lugar ou de ser a primazia o divino, Heidegger nomeia, portanto, a quaternidade ou uma Uno-quaternidade do qual o centro não é nenhum dos quatro... Mas qual é então o nome de um tal centro? Heidegger o nomeia: das Heilige, que podemos provisoriamente traduzir por o sagrado" (1). O autor está se referindo à quaternidade composta por: Mortais (homens) e Imortais (deuses), Céu e Terra.


- Manuel Antônio de Castro

Referência:
(1) BEAUFRET, Jean. "Heidegger e a teologia". In: Heidegger e a questão de Deus. KEARNEY, Richard e O'LEAREY, Joseph Stephen (org). Paris: Bernard Grasset, 1980, p. 28.
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