Pênia
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : ''Olimpo está em festa. Reunidos, os imortais banqueteiam-se em regozijo ao nascimento de Afrodite (Vênus), a bela [[deusa]] do [[amor]]. Pelas taças de ouro corre o néctar abundante, a estimular a expansão de despreocupada [[alegria]]. Os [[deuses]] riem. Terminado o festim, surge à porta uma [[figura]] andrajosa e esquálida. [[Pênia]], a [[pobreza]], vem mendigar os restos do banquete. Antes, porém, de esboçar qualquer movimento em direção à mesa, vislumbra a [[figura]] de [[Poros]], o Recurso, filho da | + | : ''Olimpo está em festa. Reunidos, os imortais banqueteiam-se em regozijo ao nascimento de Afrodite (Vênus), a bela [[deusa]] do [[amor]]. Pelas taças de ouro corre o néctar abundante, a estimular a expansão de despreocupada [[alegria]]. Os [[deuses]] riem. Terminado o festim, surge à porta uma [[figura]] andrajosa e esquálida. [[Pênia]], a [[pobreza]], vem mendigar os restos do banquete. Antes, porém, de esboçar qualquer movimento em direção à mesa, vislumbra a [[figura]] de [[Poros]], o Recurso, filho da Prudência. De longe vê quando ele, embriagado pelo excesso de néctar, se afasta dos [[imortais]] e entra no jardim de Zeus (Júpiter). Ali se deita o jovem, e logo cai em pesado sono. [[Pobreza]] que vivia justamente à cata de recursos, toma nesse instante uma resolução: ter um filho de Poros. (...) Sem ruído, deita-se junto a Recurso. Abraça-o. Desperta-o. E concebe o filho desejado: [[Eros]], o [[amor]]'' (2). |
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "[[Eros]], [[humano]] e os humanismos". In: MONTEIRO, Maria Conceição e outros (org.). [[Eros]], Tecnologia, Transumanismo. Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2015, p. 45.''' |
- | : (2) MITOLOGIA, São Paulo: Abril Cultural, v. 1, 1973, p. 33. | + | : (2)''' MITOLOGIA, São Paulo: Abril Cultural, v. 1, 1973, p. 33.''' |
Edição atual tal como 20h42min de 31 de março de 2025
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- Pênia, a pobreza, é uma personagem do mito de Eros, narrado por Diotima, a sacerdotisa de Mantineia, presente no diálogo de Platão O Banquete (203b - 204a). Assim narra o mito (1):
- Olimpo está em festa. Reunidos, os imortais banqueteiam-se em regozijo ao nascimento de Afrodite (Vênus), a bela deusa do amor. Pelas taças de ouro corre o néctar abundante, a estimular a expansão de despreocupada alegria. Os deuses riem. Terminado o festim, surge à porta uma figura andrajosa e esquálida. Pênia, a pobreza, vem mendigar os restos do banquete. Antes, porém, de esboçar qualquer movimento em direção à mesa, vislumbra a figura de Poros, o Recurso, filho da Prudência. De longe vê quando ele, embriagado pelo excesso de néctar, se afasta dos imortais e entra no jardim de Zeus (Júpiter). Ali se deita o jovem, e logo cai em pesado sono. Pobreza que vivia justamente à cata de recursos, toma nesse instante uma resolução: ter um filho de Poros. (...) Sem ruído, deita-se junto a Recurso. Abraça-o. Desperta-o. E concebe o filho desejado: Eros, o amor (2).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, humano e os humanismos". In: MONTEIRO, Maria Conceição e outros (org.). Eros, Tecnologia, Transumanismo. Rio de Janeiro: FAPERJ, Editora Caetés, 2015, p. 45.
- (2) MITOLOGIA, São Paulo: Abril Cultural, v. 1, 1973, p. 33.