Coragem
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→3) |
(→3) |
||
Linha 16: | Linha 16: | ||
== 3 == | == 3 == | ||
- | :"A coragem para uma [[presença]] própria e originária e seus poderes encobertos é a pressuposição fundamental para obter a [[essência]] das coisas. É essa coragem que cria o ânimo, as disposições básicas em que a presença se arroja até e de volta às fronteiras do [[sendo]] em seu todo. A essência não vem ao encontro numa [[inspiração]], não se elabora por uma "teoria", não se apresenta numa [[doutrina]]. ''A essência só se abre à coragem originária da presença para o sendo em seu todo''. Por quê? Porque a coragem só se move dirigida para a frente; ela se desloca do já dado, aventura-se no [[risco]] do [[extraordinário]] e cuida do inevitável. A coragem, porém, não é mero desejo contemplativo, ao contrário, a coragem fixa sua [[vontade]] em tarefas simples e claras, força e atrela a si todas as forças, todos os meios e todas as imagens" (1) | + | : "A coragem para uma [[presença]] própria e originária e seus poderes encobertos é a pressuposição fundamental para obter a [[essência]] das coisas. É essa coragem que cria o ânimo, as disposições básicas em que a presença se arroja até e de volta às fronteiras do [[sendo]] em seu todo. A essência não vem ao encontro numa [[inspiração]], não se elabora por uma "teoria", não se apresenta numa [[doutrina]]. ''A essência só se abre à coragem originária da presença para o sendo em seu todo''. Por quê? Porque a coragem só se move dirigida para a frente; ela se desloca do já dado, aventura-se no [[risco]] do [[extraordinário]] e cuida do inevitável. A coragem, porém, não é mero desejo contemplativo, ao contrário, a coragem fixa sua [[vontade]] em tarefas simples e claras, força e atrela a si todas as forças, todos os meios e todas as imagens" (1) |
- | :Referência: | + | : Referência: |
- | :(1) HEIDEGGER, Martin. ''Ser e verdade''. Petrópolis: Vozes, 2007, 101. | + | : (1) HEIDEGGER, Martin. ''Ser e verdade''. Petrópolis: Vozes, 2007, 101. |
+ | |||
+ | |||
+ | |||
+ | == 4 == | ||
+ | : "[[Pensar]] é a maior [[coragem]], e a [[sabedoria]], acolher a [[verdade]] e fazer com que se ausculte ao longo do [[vigor]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) HERÁCLITO. Fragmento 112. In: ''Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito''. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 89. |
Edição de 22h59min de 2 de Abril de 2019
Tabela de conteúdo |
1
- O vigor e força da coragem é o amor. Porque o amor cresce e amadurece para, lenta e decididamente, ir tomando o coração.
2
- Viver deixando o coração ser o sentido do existir. Este é o viver com coragem. É que o coração tem razões que a própria razão desconhece, como já disse o pensador Pascal.
3
- "A coragem para uma presença própria e originária e seus poderes encobertos é a pressuposição fundamental para obter a essência das coisas. É essa coragem que cria o ânimo, as disposições básicas em que a presença se arroja até e de volta às fronteiras do sendo em seu todo. A essência não vem ao encontro numa inspiração, não se elabora por uma "teoria", não se apresenta numa doutrina. A essência só se abre à coragem originária da presença para o sendo em seu todo. Por quê? Porque a coragem só se move dirigida para a frente; ela se desloca do já dado, aventura-se no risco do extraordinário e cuida do inevitável. A coragem, porém, não é mero desejo contemplativo, ao contrário, a coragem fixa sua vontade em tarefas simples e claras, força e atrela a si todas as forças, todos os meios e todas as imagens" (1)
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Ser e verdade. Petrópolis: Vozes, 2007, 101.
4
- "Pensar é a maior coragem, e a sabedoria, acolher a verdade e fazer com que se ausculte ao longo do vigor" (1).
- Referência:
- (1) HERÁCLITO. Fragmento 112. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 89.