Meditação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Fernando Sabino, no livro ''O grande mentecapto'', descreve-nos o personagem Viramundo entrando em uma [[igreja]] para meditar. Dentro da igreja, pergunta-se: meditar o quê? Quando assim pergunta, jamais poderá meditar, porque parte do pressuposto de que somos nós que meditamos, que chegamos e alcançamos "o que" vai ser meditado. Aí nunca haverá meditação, pois meditar é deixar-se ser possuído pelo [[mistério]], pelas questões, é abandonar-se ativamente à invasão e à posse das e pelas questões. Elas, se meditarmos, se aproximarão silenciosas e sub-reptícias tomando posse de nós no [[silêncio]] e [[repouso]] pleno de [[fala]] e [[sentido]]. É o agir ético-poético do silêncio. Sua [[etimologia]] é a raiz indo-europeia ''med-'', com o sentido de pausar, refletir, [[medir]], pesar, julgar e cuidar de, a mesma que originou a palavra médico.
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: Fernando Sabino, no livro ''O grande mentecapto'', descreve-nos o personagem Viramundo entrando em uma [[igreja]] para meditar. Dentro da igreja, pergunta-se: meditar o quê? Quando assim pergunta, jamais poderá meditar, porque parte do pressuposto de que somos nós que meditamos, que chegamos e alcançamos "o que" vai ser meditado. Aí nunca haverá meditação, pois meditar é deixar-se ser possuído pelo [[mistério]], pelas questões, é abandonar-se ativamente à invasão e à posse das e pelas questões. Elas, se meditarmos, se aproximarão silenciosas e sub-reptícias tomando posse de nós no [[silêncio]] e [[repouso]] pleno de [[fala]] e [[sentido]]. É o agir ético-poético do silêncio. Sua [[etimologia]] é a raiz indo-europeia ''med-'', com o sentido de pausar, refletir, [[medir]], pesar, julgar e cuidar de, a mesma que originou a palavra médico.
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: "Os budistas consideram que o [[espírito]] está sempre desperto. A [[consciência]] e a [[compaixão]] são sua [[natureza]] [essência]. Para descobri-la e saboreá-la plenamente, o Buda ensinou diversos [[métodos]] de [[meditação]]. Sejam quais forem as [[práticas]] que nós utilizamos, todas são destinadas a aumentar a  nossa atenção e nossa [[consciência]] despertada, a reforçar nosso [[sentimento]] de [[paz]] [[interior]], bem como a melhorar nossa capacidade de lidar com nossas [[emoções]]" (1).
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: (1) PANLOP RINPOCHÉ, Dzogehen. ''Buda rebelde'' - sobre o caminho da libertação.Tadução do inglês por Philippe delamare.

Edição de 21h12min de 15 de março de 2019

1

Fernando Sabino, no livro O grande mentecapto, descreve-nos o personagem Viramundo entrando em uma igreja para meditar. Dentro da igreja, pergunta-se: meditar o quê? Quando assim pergunta, jamais poderá meditar, porque parte do pressuposto de que somos nós que meditamos, que chegamos e alcançamos "o que" vai ser meditado. Aí nunca haverá meditação, pois meditar é deixar-se ser possuído pelo mistério, pelas questões, é abandonar-se ativamente à invasão e à posse das e pelas questões. Elas, se meditarmos, se aproximarão silenciosas e sub-reptícias tomando posse de nós no silêncio e repouso pleno de fala e sentido. É o agir ético-poético do silêncio. Sua etimologia é a raiz indo-europeia med-, com o sentido de pausar, refletir, medir, pesar, julgar e cuidar de, a mesma que originou a palavra médico.


- Manuel Antônio de Castro


Ver também:
*Tempo


2

"Os budistas consideram que o espírito está sempre desperto. A consciência e a compaixão são sua natureza [essência]. Para descobri-la e saboreá-la plenamente, o Buda ensinou diversos métodos de meditação. Sejam quais forem as práticas que nós utilizamos, todas são destinadas a aumentar a nossa atenção e nossa consciência despertada, a reforçar nosso sentimento de paz interior, bem como a melhorar nossa capacidade de lidar com nossas emoções" (1).


Referência:
(1) PANLOP RINPOCHÉ, Dzogehen. Buda rebelde - sobre o caminho da libertação.Tadução do inglês por Philippe delamare.
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