Abstrato
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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Edição de 02h24min de 1 de Outubro de 2012
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- "O estudo vem da razão e, como tudo que é racional, não pode nem morrer nem viver. Aprender é vivo e, como toda vida, precisa morrer continuamente para viver. Estudar é o meio de conhecer. Ora, conhecer é poder e um poder tão poderoso que se pretende dispensar de ser o que conhece. Para o conhecimento ser o que se conhece é perigoso. Traz o perigo de comprometer a isenção e neutralidade do conhecimento. Por isso, o conhecimento tem de ser racional e arrancado de toda possibilidade de viver e morrer. Em latim, arrancar se diz abstráhere e arrancado abstractum. Para arrancar-se da alternativa de vida e morte, o conhecimento se torna abstrato. Abstrato quer dizer, em primeiro lugar e antes de tudo, fora da possibilidade de morrer e viver para poder estar todo dentro da segurança do poder" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 26.
2
- "As palavras abstratas, disse Nietzsche, são como alforjes, nos quais as épocas e as filosofias teriam acumulado as coisas mais heteróclitas. E assim a palavra acaba tornando-se um tal entrecruzamento de "marcas" que embaralha todas as pistas. A função do genealogista é reencontrar estas pistas" (1). Se bem notarmos, tudo se centraliza na palavra. Esta deve conter originariamente algo vivo e vigoroso que permita mais do que "pistas" a essência concreta do que a palavra conserva como memória, onde a vigência do passado é a garantia do futuro.
- Referência:
- (1) LEBRUN, Gérard. O que é poder. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 8
3
- "No desdobramento da Cultura Ocidental esse pensamento capaz de recolher e concentrar no dizer simples, concreto e que a partir de sua concretude se configurou capaz de desencadear realidade, se desunificou pela vigência da medida analógica, da identidade analítica, e pelo processo em que essas duas se juntaram à ideia, esta, enquanto fator basicamente constituidor da unidade abstrata, e diluidor da unidade concreta" (1).
- Referência:
- (1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 51.
- Ver também: