Amar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(3)
(4)
Linha 35: Linha 35:
(1) LISPECTOR, Clarice. Texto publicado numa montagem artística de fotos com textos de Clarice, sem indicação da fonte.
(1) LISPECTOR, Clarice. Texto publicado numa montagem artística de fotos com textos de Clarice, sem indicação da fonte.
 +
 +
 +
 +
== 5 ==
 +
: O amar em que consiste o [[doar]] não doa algo, presentifica a [[proximidade]] que aproxima e diferencia, pois é no diferenciar que o amar se torna amar enquanto este realiza a [[presentificação]] do que como proximidade de [[diferenças]] nos foi doado. Amar é essencialmente [[dialogar]] pelo qual não nos comunicamos em primeiro lugar e nisso nos igualamos ou nos tornamos uniformes, mas o dialogar faz eclodir a proximidade que nos aproxima tanto do que somos como do que não somos, isto é, amar é aproximar enquanto a [[realização]] do [[mesmo]] de apropriar e diferenciar.
 +
 +
 +
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 15h43min de 16 de Maio de 2016

1

O amado será um inquilino como o próximo, ainda que sempre como o mais próximo. Este é o paradoxo do amar, só vigorar na proximidade, mas isto não é uma questão de individualismo e isolamento, mas a nossa condição de jamais podermos ser senão o ser que somos e só como proximidade sermos o amado. A proximidade não é negativa, mas a possibilidade máxima de poder afirmar no amar a diferença que é o amado. Amar não é anular mas afirmar originariamente aquele que sendo o que não sou me é o mais próximo. Só assim podemos co-habitar na proximidade do coração. Amar é co-habitar o coração, é Ser coração-co-habitante. A unidade dos amantes é o Amar assim como a unidade do sou de cada amante é o Ser. A proximidade é mais do que compreender o outro, é aceitá-lo como ele é e não pode deixar de ser.


- Manuel Antônio de Castro


2

"É preciso aprender a viver. Eu pratico todo dia. Meu maior obstáculo é não saber quem sou. Eu tateio cegamente. Se alguém me ama como eu sou, posso finalmente ter coragem de olhar para mim mesma. Essa possibilidade é pouco viável" (1).


Referência:
(1) BERGMAN, Ingmar. Sonata de outono.


3

"Que medo alegre o de te esperar" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Texto publicado numa montagem artística de fotos com textos de Clarice, sem indicação da fonte.


4

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passsa a acontecer dentro de nós" (1).


Referência:

(1) LISPECTOR, Clarice. Texto publicado numa montagem artística de fotos com textos de Clarice, sem indicação da fonte.


5

O amar em que consiste o doar não doa algo, presentifica a proximidade que aproxima e diferencia, pois é no diferenciar que o amar se torna amar enquanto este realiza a presentificação do que como proximidade de diferenças nos foi doado. Amar é essencialmente dialogar pelo qual não nos comunicamos em primeiro lugar e nisso nos igualamos ou nos tornamos uniformes, mas o dialogar faz eclodir a proximidade que nos aproxima tanto do que somos como do que não somos, isto é, amar é aproximar enquanto a realização do mesmo de apropriar e diferenciar.


- Manuel Antônio de Castro
Ferramentas pessoais