Mal
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
Linha 6: | Linha 6: | ||
: - Eu acho que está vazio pela metade. | : - Eu acho que está vazio pela metade. | ||
:Qual dos dois alunos tem [[razão]]? Os dois. Isso é [[evidente]]. O que não é tão evidente e, no entanto, mais verdadeiro, é que os dois alunos só podem discordar porque o real precede as suas visões e tanto se oferece à visão como cheio e como vazio. Essa doação do real não é relativa. A [[ambigüidade]] não está na visão, mas no [[ser]] que tanto se dá como vazio quanto como cheio. E a nossa visão do cheio ou do vazio só vem de nós na medida em que sendo e não-sendo somos também uma doação do ser. Por isso a arte é [[ética]], porque radica no ser/não-ser e não na visão que cada um tem. | :Qual dos dois alunos tem [[razão]]? Os dois. Isso é [[evidente]]. O que não é tão evidente e, no entanto, mais verdadeiro, é que os dois alunos só podem discordar porque o real precede as suas visões e tanto se oferece à visão como cheio e como vazio. Essa doação do real não é relativa. A [[ambigüidade]] não está na visão, mas no [[ser]] que tanto se dá como vazio quanto como cheio. E a nossa visão do cheio ou do vazio só vem de nós na medida em que sendo e não-sendo somos também uma doação do ser. Por isso a arte é [[ética]], porque radica no ser/não-ser e não na visão que cada um tem. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | ==Ver também== | ||
+ | *[[bem]] |
Edição de 22h49min de 27 de Dezembro de 2008
Relativismo
- O mal não é relativo. Relativa é a visão do mal. O bem não é relativo. Relativa é a visão do bem. A professora entrou na sala de aula e expôs para os alunos um copo com água, que ocupava exatamente a metade do copo. Perguntou à Juliana:
- - O copo está cheio ou vazio?
- - Eu acho que está cheio até a metade.
- - E você, Júlio, o que acha? Está cheio ou vazio?
- - Eu acho que está vazio pela metade.
- Qual dos dois alunos tem razão? Os dois. Isso é evidente. O que não é tão evidente e, no entanto, mais verdadeiro, é que os dois alunos só podem discordar porque o real precede as suas visões e tanto se oferece à visão como cheio e como vazio. Essa doação do real não é relativa. A ambigüidade não está na visão, mas no ser que tanto se dá como vazio quanto como cheio. E a nossa visão do cheio ou do vazio só vem de nós na medida em que sendo e não-sendo somos também uma doação do ser. Por isso a arte é ética, porque radica no ser/não-ser e não na visão que cada um tem.