Vereda
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Grande [[Ser]]-[[Tao]]: [[diálogos]] amorosos". In: MELO E SOUZA, Ronaldes e Outros (org.). '''[[Veredas]] no [[Sertão]] rosiano. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p. 143.''' | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. '''O [[homem]] provisório no grande ser-tão - um estudo de Grande [[sertão]]: [[veredas]]. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1976, p. 45.''' | ||
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+ | : (2) [[ROSA]], J. Guimarães, & BIZZARI, Edoardo. '''J. Guimarães [[Rosa]] correspondência com o tradutor italiano. São Paulo: Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro, /s.d./, p. 27''' |
Edição atual tal como 00h19min de 15 de Dezembro de 2024
1
- "Tao é uma misteriosa palavra chinesa que, entre outros sentidos, assinala a caminhada dos caminhos nos quais e pelos quais o humano do homem vem a ser o que é no como é enquanto Tao do Ser: o Ser-Tao, Veredas" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Grande Ser-Tao: diálogos amorosos". In: MELO E SOUZA, Ronaldes e Outros (org.). Veredas no Sertão rosiano. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p. 143.
2
- A palavra veredas aparece no título da obra-prima de Guimarães Rosa: Grande sertão: veredas. Abrindo-se qualquer dicionário vamos ver que veredas denominam pequenos riachinhos, como caminhos de vida, pois indicam a presença de água - princípio vital - em meio ao ser-tão. Tais riachinhos, veredas, a-travessam o ser-tão numa grande teia vital.
3
- "Marchetando-as há as veredas, que são vales, lagoas, brejos ou pântanos, de onde se originam riachos ou ribeirões. Estes, em certas regiões, são simplesmente chamadas de veredas. É, pois, uma palavra polissêmica" (1).
- "Nas veredas, há sempre o buriti. De longe, a gente avista os buritis, e já sabe: lá se encontra água. A vereda é um oásis" (2).
- Referências: