Utensílio

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: ''Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão''.  SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 213.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: ''Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão''.  SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 213.
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: "A isto o que cada [[próprio]] é os gregos denominaram ''[[morphe]]''. Esta [[palavra]] indica, portanto, um vir de dentro para fora e nunca um impor [[limites]] a partir de algo externo e fixo. ''[[Morphe]]'' diz eclosão do que [[é]], [[desvelamento]] enquanto [[verdade]] de [[realização]]. ''[[Morphe]]'' é [[presença]]. Para o grego e para cada [[sendo]], nunca pode haver ''[[morphe]]'' sem ''[[telos]]'', isto é, sem eclosão ou [[desvelamento]] em sua [[plenitude]] de [[realização]]. Isso é o consumar, enquanto [[pensamento]], a [[presença]]. Jamais ''[[morphe]]'' é [[forma]] funcional e causal, isto é, o que cumpre uma [[finalidade]] como a [[forma]] de ser do [[utensílio]]. A [[forma]] imposta de fora e para algo de fora (1).
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: Referência:
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte: presença e forma". In: ------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 221.

Edição de 20h35min de 8 de Setembro de 2017

1

"Tudo é reduzido a causas porque tudo é reduzido a funções dentro do sistema e as próprias funções estão em função, dentro do sistema, das finalidades do sistema, que se torna, então, o fundamento, o horizonte a partir do qual julgamos tudo e classificamos tudo. É dentro dessa estruturação que determinamos cada sendo ou melhor cada “coisa”, cada “utensílio” e cada “obra de arte” (1).
Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 213.


2

"A isto o que cada próprio é os gregos denominaram morphe. Esta palavra indica, portanto, um vir de dentro para fora e nunca um impor limites a partir de algo externo e fixo. Morphe diz eclosão do que é, desvelamento enquanto verdade de realização. Morphe é presença. Para o grego e para cada sendo, nunca pode haver morphe sem telos, isto é, sem eclosão ou desvelamento em sua plenitude de realização. Isso é o consumar, enquanto pensamento, a presença. Jamais morphe é forma funcional e causal, isto é, o que cumpre uma finalidade como a forma de ser do utensílio. A forma imposta de fora e para algo de fora (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Obra de arte: presença e forma". In: ------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 221.
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