Falar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) KUROSAWA, Akiro. No filme: ''Rapsódia em agosto - um verão para ser lembrado''.
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: (1) KUROSAWA, Akiro.''' No [[filme]]: [[Rapsódia]] em agosto - um verão para ser lembrado'''.
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: "Mas [[falar]] é ao mesmo tempo [[escutar]]. É hábito contrapor a [[fala]] e a [[escuta]]: um fala e o outro escuta. Mas a [[escuta]] não apenas acompanha e envolve a fala que tem lugar na [[conversa]]. A simultaneidade de fala e [[escuta]] diz muito mais. [[Falar]] é, por si mesmo, [[escutar]]. [[Falar]] é [[escutar]] a [[linguagem]] que falamos. O [[falar]] não é ao mesmo tempo, mas antes uma [[escuta]]" (1).
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: "Mas [[falar]] é ao mesmo tempo [[escutar]]. É hábito contrapor a [[fala]] e a [[escuta]]: um [[fala]] e o outro [[escuta]]. Mas a [[escuta]] não apenas acompanha e envolve a [[fala]] que tem [[lugar]] na conversa. A simultaneidade de [[fala]] e [[escuta]] diz muito mais. [[Falar]] é, por si mesmo, [[escutar]]. [[Falar]] é [[escutar]] a [[linguagem]] que falamos. O [[falar]] não é ao mesmo tempo, mas antes uma [[escuta]]" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. 'A caminho da linguagem'. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 203.
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: (1) [[HEIDEGGER]], Martin. '''A [[caminho]] da [[linguagem]]. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 203.'''
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: (1) HERÁCLITO. Fragmento 19. In: ''Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito''. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 63.
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: (1) [[HERÁCLITO]].''' Fragmento 19. In: Os [[pensadores]] [[originários]] - Anaximandro, Parmênides, [[Heráclito]]. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 63.'''
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: "Antes de [[falar]] considera: em primeiro [[lugar]], o que tu dizes; em segundo [[lugar]], o porquê tu dizes; em terceiro [[lugar]], a quem tu o dizes; em quarto [[lugar]], de quem tu o conseguiste; em quinto [[lugar]], aquilo que resultará de tuas [[palavras]]; em sexto [[lugar]], que proveito disso decorrerá; em sétimo [[lugar]], quem escutará aquilo que tu dizes. Coloca então tuas [[palavras]] na cabeça do teu dedo e as pensa sucessivamente nestas sete maneiras antes de as expressar: nenhum [[mal]] jamais resultará de tuas [[palavras]]" (1).
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: (1) '''Os ditados do [[sábio]] Cadoc (VI século). Textos apresentados por Jean Markale. Paris: Albin Michel, Cadernos de [[Sabedoria]], 2004, p. 17. Tradução do francês: Manuel Antônio de Castro.'''

Edição atual tal como 19h32min de 20 de março de 2025

Tabela de conteúdo

1

"Há pessoas que ficam silenciosas quando falam" (1).


Referência:
(1) KUROSAWA, Akiro. No filme: Rapsódia em agosto - um verão para ser lembrado.

2

"Mas falar é ao mesmo tempo escutar. É hábito contrapor a fala e a escuta: um fala e o outro escuta. Mas a escuta não apenas acompanha e envolve a fala que tem lugar na conversa. A simultaneidade de fala e escuta diz muito mais. Falar é, por si mesmo, escutar. Falar é escutar a linguagem que falamos. O falar não é ao mesmo tempo, mas antes uma escuta" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 203.

3

"Não sabendo auscultar, não sabem falar" (1).


Referência:
(1) HERÁCLITO. Fragmento 19. In: Os pensadores originários - Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 63.

4

"Antes de falar considera: em primeiro lugar, o que tu dizes; em segundo lugar, o porquê tu dizes; em terceiro lugar, a quem tu o dizes; em quarto lugar, de quem tu o conseguiste; em quinto lugar, aquilo que resultará de tuas palavras; em sexto lugar, que proveito disso decorrerá; em sétimo lugar, quem escutará aquilo que tu dizes. Coloca então tuas palavras na cabeça do teu dedo e as pensa sucessivamente nestas sete maneiras antes de as expressar: nenhum mal jamais resultará de tuas palavras" (1).


Referência:
(1) Os ditados do sábio Cadoc (VI século). Textos apresentados por Jean Markale. Paris: Albin Michel, Cadernos de Sabedoria, 2004, p. 17. Tradução do francês: Manuel Antônio de Castro.
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