Vereda
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : A [[palavra]] [[veredas]] aparece no título da obra-prima de Guimarães [[Rosa]]: '''Grande sertão: veredas'''. Abrindo-se qualquer [[dicionário]] vamos ver que [[veredas]] denominam pequenos riachinhos, como [[caminhos]] de [[vida]], pois indicam a [[presença]] de [[água]] - princípio vital - em meio ao [[ser-tão]]. Tais riachinhos, [[veredas]], a-travessam o [[ser-tão]] numa grande [[teia]] vital. | + | : A [[palavra]] [[veredas]] aparece no título da obra-prima de Guimarães [[Rosa]]: '''Grande [[sertão]]: [[veredas]]'''. Abrindo-se qualquer [[dicionário]] vamos ver que [[veredas]] denominam pequenos riachinhos, como [[caminhos]] de [[vida]], pois indicam a [[presença]] de [[água]] - princípio vital - em meio ao [[ser-tão]]. Tais riachinhos, [[veredas]], a-travessam o [[ser-tão]] numa grande [[teia]] vital. |
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- | : "Marchetando-as há as [[veredas]], que são vales, lagoas, brejos ou pântanos, de onde se originam riachos ou ribeirões. Estes, em certas regiões, são simplesmente chamadas de [[veredas]]. É, pois, uma [[palavra]] polissêmica" (1). "Nas ''[[veredas]]'', há sempre o buriti. De longe, a gente avista os buritis, e já sabe: lá se encontra água. A [[vereda]] é um oásis" (2). | + | : "Marchetando-as há as [[veredas]], que são vales, lagoas, brejos ou pântanos, de onde se originam riachos ou ribeirões. Estes, em certas regiões, são simplesmente chamadas de [[veredas]]. É, pois, uma [[palavra]] polissêmica" (1). |
+ | : "Nas ''[[veredas]]'', há sempre o buriti. De longe, a gente avista os buritis, e já sabe: lá se encontra [[água]]. A [[vereda]] é um oásis" (2). | ||
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- | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. ''O homem provisório no grande ser-tão | + | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. '''O [[homem]] provisório no grande ser-tão - um estudo de Grande [[sertão]]: [[veredas]]. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1976, p. 45.''' |
- | : (2) ROSA, J. Guimarães, & BIZZARI, Edoardo. '''J. Guimarães Rosa correspondência com o tradutor italiano | + | : (2) [[ROSA]], J. Guimarães, & BIZZARI, Edoardo. '''J. Guimarães [[Rosa]] correspondência com o tradutor italiano. São Paulo: Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro, /s.d./, p. 27''' |
Edição atual tal como 00h19min de 15 de Dezembro de 2024
1
- "Tao é uma misteriosa palavra chinesa que, entre outros sentidos, assinala a caminhada dos caminhos nos quais e pelos quais o humano do homem vem a ser o que é no como é enquanto Tao do Ser: o Ser-Tao, Veredas" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Grande Ser-Tao: diálogos amorosos". In: MELO E SOUZA, Ronaldes e Outros (org.). Veredas no Sertão rosiano. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p. 143.
2
- A palavra veredas aparece no título da obra-prima de Guimarães Rosa: Grande sertão: veredas. Abrindo-se qualquer dicionário vamos ver que veredas denominam pequenos riachinhos, como caminhos de vida, pois indicam a presença de água - princípio vital - em meio ao ser-tão. Tais riachinhos, veredas, a-travessam o ser-tão numa grande teia vital.
3
- "Marchetando-as há as veredas, que são vales, lagoas, brejos ou pântanos, de onde se originam riachos ou ribeirões. Estes, em certas regiões, são simplesmente chamadas de veredas. É, pois, uma palavra polissêmica" (1).
- "Nas veredas, há sempre o buriti. De longe, a gente avista os buritis, e já sabe: lá se encontra água. A vereda é um oásis" (2).
- Referências: