Romantismo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"O Romantismo é a grande negação da modernidade tal como fora concebida pelo século XVIII e pela razão crítica, utópica e revolucionária. Mas é uma negação moderna, quero dizer: uma negação dentro da [[modernidade]]. Só a idade crítica podia gerar uma negação assim total" (1).  "O Romantismo convive com a modernidade e a ela se funde só para, uma e outra vez, transgredi-la. Estas transgressões assumem muitas formas, mas se manifestam sempre de duas maneiras: a analogia e a ironia. Pela primeira entendo " a visão do universo como um sistema de correspondências e a visão da linguagem como o duplo do universo" (2). No final desta citação Octavio Paz cita a ele mesmo, ou seja: Os filhos do barro. A ironia: "É o furo no tecido das analogias, a exceção que interrompe as correspondências... A ironia é a dissonância que rompe o concerto das correspondências e o transforma em galimatias. A ironia tem vários nomes: é a exceção, o irregular, o bizarro, como dizia Baudelaire, e, numa palavra, o grande acidente: a morte" (3).  "A ironia é a manifestação da crítica, no reino da imaginação e da sensibilidade; sua essência é o tempo sucessivo que desemboca na morte" (4).
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:"O Romantismo é a grande [[negação]] da modernidade tal como fora concebida pelo século XVIII e pela razão crítica, utópica e revolucionária. Mas é uma negação moderna, quero dizer: uma negação dentro da [[modernidade]]. Só a idade crítica podia gerar uma negação assim total" (1).  "O Romantismo convive com a modernidade e a ela se funde só para, uma e outra vez, transgredi-la. Estas transgressões assumem muitas formas, mas se manifestam sempre de duas maneiras: a [[analogia]] e a [[ironia]]. Pela primeira entendo a visão do universo como um sistema de correspondências e a visão da linguagem como o duplo do universo" (2). No final desta citação, Octavio Paz cita a ele mesmo, ou seja: ''Os filhos do barro''. A ironia: "É o furo no tecido das analogias, a exceção que interrompe as correspondências... A ironia é a dissonância que rompe o concerto das correspondências e o transforma em galimatias. A ironia tem vários nomes: é a exceção, o irregular, o bizarro, como dizia Baudelaire, e, numa palavra, o grande acidente: a [[morte]]" (3).  "A ironia é a manifestação da crítica, no reino da [[imaginação]] e da sensibilidade; sua essência é o tempo sucessivo que desemboca na morte" (4).
:Referências:
:Referências:
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:(1) PAZ, Octavio. Ruptura e convergência. In: ''A outra voz''. São Paulo: Siciliano, 2001, p. 37.
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:(1) PAZ, Octavio. "Ruptura e convergência". In: ''A outra voz''. São Paulo: Siciliano, 2001, p. 37.
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:(2) Idem
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:(2) Idem, loc. cit.
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:(3) Ibidem, p. 38.
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:(3) Idem, p. 38.
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:(4) Idem
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:(4) Idem, loc. cit.
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== Ver também ==
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:'''Ver também:'''
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*[[Analogia]]
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*[[Ironia]]
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:*[[Inspiração]]

Edição atual tal como 23h36min de 21 de Abril de 2009

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"O Romantismo é a grande negação da modernidade tal como fora concebida pelo século XVIII e pela razão crítica, utópica e revolucionária. Mas é uma negação moderna, quero dizer: uma negação dentro da modernidade. Só a idade crítica podia gerar uma negação assim total" (1). "O Romantismo convive com a modernidade e a ela se funde só para, uma e outra vez, transgredi-la. Estas transgressões assumem muitas formas, mas se manifestam sempre de duas maneiras: a analogia e a ironia. Pela primeira entendo a visão do universo como um sistema de correspondências e a visão da linguagem como o duplo do universo" (2). No final desta citação, Octavio Paz cita a ele mesmo, ou seja: Os filhos do barro. A ironia: "É o furo no tecido das analogias, a exceção que interrompe as correspondências... A ironia é a dissonância que rompe o concerto das correspondências e o transforma em galimatias. A ironia tem vários nomes: é a exceção, o irregular, o bizarro, como dizia Baudelaire, e, numa palavra, o grande acidente: a morte" (3). "A ironia é a manifestação da crítica, no reino da imaginação e da sensibilidade; sua essência é o tempo sucessivo que desemboca na morte" (4).


Referências:
(1) PAZ, Octavio. "Ruptura e convergência". In: A outra voz. São Paulo: Siciliano, 2001, p. 37.
(2) Idem, loc. cit.
(3) Idem, p. 38.
(4) Idem, loc. cit.


Ver também:
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