Culto
De Dicionário de Poética e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→2) |
||
Linha 8: | Linha 8: | ||
== 2 == | == 2 == | ||
- | : "Não é a [[cultura]] que faz o [[homem]] nem ela se opõe à ''[[phýsis]]''. Se o [[homem]], parece, está referenciado à [[cultura]], na verdade, pela [[cultura]] o [[homem]] se referencia à [[phýsis]]. Isso fica, de novo, [[evidente]] pelo fato de que diante do [[enigma]] e [[mistério]] da ''[[phýsis]]'', o [[ser humano]] não só cultiva, mas, sobretudo e em primeiro lugar, ele cultua. O [[culto]] na e pela [[cultura]] já evidencia que tudo provém dela porque nela se funda: o [[ser humano]], o cultivado, a [[cultura]] e o [[culto]]. Nesta [[evidência]] não é a [[identidade cultural]] que faz o [[ser humano]] nem ele se dá essa [[identidade]], mas o [[ser humano]] manifestando na [[cultura]] a ''[[phýsis]]'', manifesta-se como [[humano]] e, manifestando-se como [[humano]], eleva a ''[[phýsis]]'' ao seu grau máximo de [[realização]] (1). | + | : "Não é a [[cultura]] que faz o [[homem]] nem ela se opõe à ''[[phýsis]]''. Se o [[homem]], parece, está referenciado à [[cultura]], na verdade, pela [[cultura]] o [[homem]] se referencia à [[phýsis]]. Isso fica, de novo, [[evidente]] pelo fato de que diante do [[enigma]] e [[mistério]] da ''[[phýsis]]'', o [[ser humano]] não só cultiva, mas, sobretudo e em primeiro lugar, ele cultua. O [[culto]] na e pela [[cultura]] já evidencia que tudo provém dela porque nela se funda: o [[ser humano]], o cultivado, a [[cultura]] e o [[culto]]. Nesta [[evidência]] não é a [[identidade cultural]] que faz o [[ser humano]] nem ele se dá essa [[identidade]], mas o [[ser humano]] manifestando na [[cultura]] a ''[[phýsis]]'', manifesta-se como [[humano]] e, manifestando-se como [[humano]], eleva a ''[[phýsis]]'' ao seu grau máximo de [[realização]]" (1). |
Edição de 01h46min de 28 de janeiro de 2024
1
- "No culto as coisas ordinárias estavam revestidas de uma aura de consagração e de excepcionalidade. Nele vigia uma proposta de retirar não só o homem, mas também a vida, do âmbito da banalidade, do nivelamento e da padronização" (1).
- Referência:
- (1) LUZIE, Marta. A dobra do destino. Rio de Janeiro: 7Letras, 1999, p. 16.
2
- "Não é a cultura que faz o homem nem ela se opõe à phýsis. Se o homem, parece, está referenciado à cultura, na verdade, pela cultura o homem se referencia à phýsis. Isso fica, de novo, evidente pelo fato de que diante do enigma e mistério da phýsis, o ser humano não só cultiva, mas, sobretudo e em primeiro lugar, ele cultua. O culto na e pela cultura já evidencia que tudo provém dela porque nela se funda: o ser humano, o cultivado, a cultura e o culto. Nesta evidência não é a identidade cultural que faz o ser humano nem ele se dá essa identidade, mas o ser humano manifestando na cultura a phýsis, manifesta-se como humano e, manifestando-se como humano, eleva a phýsis ao seu grau máximo de realização" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. " Phýsis e humano: a arteâ€. In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 264.