Mythos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "O [[nome]]-[[verbo]] [[grego]] ''[[mythos]]'', de onde se formou [[mito]], diz o [[manifestar]] pela [[linguagem]]. Ocorre que do mesmo [[radical]] de ''[[mythos]]'' se formou outro [[nome]]-[[verbo]] [[essencial]]: [[mistério]]. O [[radical]] de ambos assinala, por isso, uma [[tensão]] de [[desvelamento]] e [[velamento]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de ''Cura'' e o ser humano". In: --------. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 221.
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de ''Cura'' e o ser humano". In: ---. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 221.
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: A [[palavra]] ''[[mythos]]'' vem do [[verbo]] [[grego]] ''mytheomai'' e diz: o advir da [[realidade]] à [[palavra]], à [[voz]], enquanto [[narração]] do [[sagrado]]. Do mesmo [[radical]] deste [[verbo]] se formou o [[verbo]] ''myein'', que diz: [[vigorar]] do [[silêncio]]. Este é o mesmo que [[ser]]. De ''[[mythos]]'' formou-se em português a  [[palavra]] [[mito]]. Os [[mitos]] [[originariamente]] narram [[manifestações]] do [[sagrado]].
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: [[Manuel Antônio de Castro]].

Edição atual tal como 02h38min de 16 de Outubro de 2021

1

"O nome-verbo grego mythos, de onde se formou mito, diz o manifestar pela linguagem. Ocorre que do mesmo radical de mythos se formou outro nome-verbo essencial: mistério. O radical de ambos assinala, por isso, uma tensão de desvelamento e velamento" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 221.

2

A palavra mythos vem do verbo grego mytheomai e diz: o advir da realidade à palavra, à voz, enquanto narração do sagrado. Do mesmo radical deste verbo se formou o verbo myein, que diz: vigorar do silêncio. Este é o mesmo que ser. De mythos formou-se em português a palavra mito. Os mitos originariamente narram manifestações do sagrado.


Manuel Antônio de Castro.
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