Panorama
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: "Em tudo, que aí vemos, nós nos percebemos numa dada [[posição]]. É que [[horizonte]], [[panorama]] e [[perspectiva]] se coordenam e referem à [[posição]] que ocupamos [...]. A solidez e estabilidade de uma [[posição]] não dependem nem da [[perspectiva]] nem do [[horizonte]] nem do [[panorama]]. Dependem da [[abertura]] que, possibilitando [[perspectivas]], dá acesso à [[visibilidade]] de [[horizonte]] e [[panorama]]. Por isso só nos é acessível o que se nos pro-sta aberto pela [[abertura]]. Só temos acesso àquilo para o que estamos abertos [...]. A [[abertura]] não nos abre apenas o acessível. Também o acesso ao inacessível, como tal, nos é facultado pela [[abertura]] que se exerce na própria diferenciação de aberto e fechado, acessível e inacessível" (1). | : "Em tudo, que aí vemos, nós nos percebemos numa dada [[posição]]. É que [[horizonte]], [[panorama]] e [[perspectiva]] se coordenam e referem à [[posição]] que ocupamos [...]. A solidez e estabilidade de uma [[posição]] não dependem nem da [[perspectiva]] nem do [[horizonte]] nem do [[panorama]]. Dependem da [[abertura]] que, possibilitando [[perspectivas]], dá acesso à [[visibilidade]] de [[horizonte]] e [[panorama]]. Por isso só nos é acessível o que se nos pro-sta aberto pela [[abertura]]. Só temos acesso àquilo para o que estamos abertos [...]. A [[abertura]] não nos abre apenas o acessível. Também o acesso ao inacessível, como tal, nos é facultado pela [[abertura]] que se exerce na própria diferenciação de aberto e fechado, acessível e inacessível" (1). |
Edição atual tal como 15h53min de 16 de Novembro de 2020
1
- "Em grego, tudo é pan e ver é horao, donde se deriva horama, aquilo que é visto. O conjunto de tudo que se vê no âmbito de um horizonte se chama, pois, de panorama" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1977, p. 181.
2
- "Em tudo, que aí vemos, nós nos percebemos numa dada posição. É que horizonte, panorama e perspectiva se coordenam e referem à posição que ocupamos [...]. A solidez e estabilidade de uma posição não dependem nem da perspectiva nem do horizonte nem do panorama. Dependem da abertura que, possibilitando perspectivas, dá acesso à visibilidade de horizonte e panorama. Por isso só nos é acessível o que se nos pro-sta aberto pela abertura. Só temos acesso àquilo para o que estamos abertos [...]. A abertura não nos abre apenas o acessível. Também o acesso ao inacessível, como tal, nos é facultado pela abertura que se exerce na própria diferenciação de aberto e fechado, acessível e inacessível" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1977, pp. 184-5.