Não sou
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→1) |
||
(2 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | : Assim como há um [[jogo]] [[dialético]] [[entre]] [[sou]] e [[eu]], o mesmo se dá [[entre]] o [[não sou]] do que recebi para [[ser]] e não chegou ainda a [[ser]]. Nesse sentido, também todo [[eu]] é ao mesmo tempo um [[não eu]], caso contrário, o [[eu]] já se conheceria completamente. O [[não sou]] é o [[acontecer]] do [[não ser]] que recebi para [[ser]]. Desse modo tanto o [[sou]] como o [[eu]] estão em contínua [[transformação]] e [[revelação]]. Não há aqui nenhuma evolução, pois isso é [[existir]] e [[existência]], própria de cada um | + | : Assim como há um [[jogo]] [[dialético]] [[entre]] [[sou]] e [[eu]], o mesmo se dá [[entre]] o [[não sou]] do que recebi para [[ser]] e não chegou ainda a [[ser]]. Nesse sentido, também todo [[eu]] é ao mesmo tempo um [[não eu]], caso contrário, o [[eu]] já se conheceria completamente. O [[não sou]] é o [[acontecer]] do [[não ser]] que recebi para [[ser]]. Desse modo tanto o [[sou]] como o [[eu]] estão em contínua [[transformação]] e [[revelação]]. Não há aqui nenhuma evolução, pois isso é [[existir]] e [[existência]], própria de cada um, insubstituível e imprevisível. |
+ | |||
+ | |||
+ | : - [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
+ | |||
+ | == 2 == | ||
+ | : [[Ser]] é [[silêncio]], o [[vigorar]] do [[repouso]] e [[recolhimento]] que se manifesta e desvela em cada [[sou]] e [[não-sou]]. Assim como o [[silêncio]] origina cada [[fala]], o [[ser]] origina cada [[conhecimento]]. [[Fala]] e [[conhecimento]] configuram o “[[eu]]”. | ||
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] |
Edição atual tal como 02h39min de 26 de Abril de 2020
1
- Assim como há um jogo dialético entre sou e eu, o mesmo se dá entre o não sou do que recebi para ser e não chegou ainda a ser. Nesse sentido, também todo eu é ao mesmo tempo um não eu, caso contrário, o eu já se conheceria completamente. O não sou é o acontecer do não ser que recebi para ser. Desse modo tanto o sou como o eu estão em contínua transformação e revelação. Não há aqui nenhuma evolução, pois isso é existir e existência, própria de cada um, insubstituível e imprevisível.
2
- Ser é silêncio, o vigorar do repouso e recolhimento que se manifesta e desvela em cada sou e não-sou. Assim como o silêncio origina cada fala, o ser origina cada conhecimento. Fala e conhecimento configuram o “eu”.