Original
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : Se bem observarmos, quando dizemos que uma [[obra]] é [[original]] nada mais estamos dizendo que ela não imita outra, que principia no sentido de ter uma [[origem]], aquela estabelecida cronologicamente. A [[palavra]] [[original]] nada diz sobre a [[essência]] de toda [[obra de arte]], mas, simplesmente está relacionada ao fugir a qualquer [[classificação]] [[epocal]]. Uma verdadeira [[obra de arte]] será sempre [[originária]], porque inaugura [[sentido]], vigora nas [[questões]]. Porém, toda [[obra]] [[originária]] é também [[original]], mas nem toda [[obra]] [[original]] é necessariamente [[originária]], pois se limita a dar-lhe uma [[classificação]] dentro dos [[estilos]] de [[época]]. | ||
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Edição de 22h52min de 8 de Julho de 2019
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- "Ao princípio (Anfang), o autor contrapõe, no parágrafo 176, o primitivo, entendido como o que aponta sempre para um começo / origem. Porém, a origem (primitivo) "... é sempre sem futuro... Ele não pode enviar a nada fora de si, porque nada contém senão aquilo em que está aprisionado" (§ 176)" (1).
- Se bem observarmos, quando dizemos que uma obra é original nada mais estamos dizendo que ela não imita outra, que principia no sentido de ter uma origem, aquela estabelecida cronologicamente. A palavra original nada diz sobre a essência de toda obra de arte, mas, simplesmente está relacionada ao fugir a qualquer classificação epocal. Uma verdadeira obra de arte será sempre originária, porque inaugura sentido, vigora nas questões. Porém, toda obra originária é também original, mas nem toda obra original é necessariamente originária, pois se limita a dar-lhe uma classificação dentro dos estilos de época.
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. Notas de tradução. In: HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad.Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antonio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 226.
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- “[...]: o original é o que necessita de um marco inicial e ruma para o limite de um ponto final, logo, estabelece-se uma relação em que o original é o novo, o último produto de uma linha de montagem. Por outro lado, o originário é pincelado pela ubiquidade, ou seja, sem antes ou depois, é o entre que costura o nunca e o sempre na totalidade do Ser enquanto simultaneamente se realiza nos entes, portanto, enquanto está sendo” (1).
- Referência:
- (1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 163.