Mito de "Midas da Morte"

De Dicionário de Poética e Pensamento

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"Segundo Emmanuel Carneiro Leão, na versão de Pausânias do mito de Midas da Morte, a mais antiga, é-nos contado o seguinte:
O rei Midas se embrenha na floresta em busca de Sileno, o sábio preceptor de Dioniso. Uma angústia o move: É que nem o viver, nem o poder, nem o ter asseguram a felicidade dos homens. Por isso Midas vai à floresta em busca de Sileno, com uma pergunta angustiante: O que então o homem tem de fazer para ser feliz? Sileno responde: (Ãtlios brotós) Mísero mortal, por que queres sabê-lo? O que o homem pode fazer para ser feliz é não ter nascido, mas, uma vez que já nasceu, só lhe resta morrer (1).


(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Hermenêutica do mito". In: Cadernos de Letras, n. 11. Rio de Janeiro: UFRJ, Faculdade de Letras, Revista do Dpartamento de Letras Anglo-germânicas, 1995, p. 19.

2

"O mito de Midas da Morte ou do ser feliz nos lança, de chofre, inesperadamente, na mais profunda crueza, no núcleo duro e essencial da essência do agir" (1).


Referência bibliográfica:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 197.
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