Técnica

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:É essencial apreender o ponto de partida da técnica na [[modernidade]]. Ela se funda na decisão do que é [[realidade]] a partir do ''sapere aude'', onde se dá o ser como funcionalidade e a verdade como operatividade. Então, não há lugar para a [[escuta]] e o velar-se da ''phýsis'' no desvelar-se. Por isso diz Emmanuel: "Só temos olhos para o espaço físico-geométrico de sujeito e objeto. Pois este podemos medi-lo com uma escala exatamente definida. Podemos operá-lo com resultados precisos (...) mas com uma [[arte]] (...) não podemos empreender nada. Não podemos nem mesmo compreendê-la" (1).
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:É essencial apreender o ponto de partida da técnica na [[modernidade]]. Ela se funda na decisão do que é [[realidade]] a partir do ''sapere aude'', onde se dá o ser como funcionalidade e a verdade como operatividade. Então, não há lugar para a [[escuta]] e o velar-se da ''phýsis'' no desvelar-se. Por isso diz Emmanuel: "Só temos olhos para o espaço físico-geométrico de sujeito e objeto. Pois este podemos medi-lo com uma escala exatamente definida. Podemos operá-lo com resultados precisos (...) mas com uma [[arte]] (...) não podemos empreender nada. Não podemos nem mesmo compreendê-la". (1)

Edição de 19h03min de 18 de janeiro de 2009

É essencial apreender o ponto de partida da técnica na modernidade. Ela se funda na decisão do que é realidade a partir do sapere aude, onde se dá o ser como funcionalidade e a verdade como operatividade. Então, não há lugar para a escuta e o velar-se da phýsis no desvelar-se. Por isso diz Emmanuel: "Só temos olhos para o espaço físico-geométrico de sujeito e objeto. Pois este podemos medi-lo com uma escala exatamente definida. Podemos operá-lo com resultados precisos (...) mas com uma arte (...) não podemos empreender nada. Não podemos nem mesmo compreendê-la". (1)


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 172.


Ver também: