Sociedade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:Na relação do homem com a sociedade há duas vertentes fundamentais: uma poético-essencial, tratada por Heidegger. A outra é funcional. Neste caso, temos as POSIÇÕES e os PAPÉIS. Cf. MERQUIOR, José Guilherme. '' Saudades do carnaval''. Rio de Janeiro: Forense, 1972, p. 137 e seguintes. Esta segunda vertente deriva da sociologia e, por isso, está atrelada à ciência/consciência. Com a crise desta, Habermas destacou que há uma terceira vertente: a da intersubjetividade que diz respeito à ação comunicativa e ao consenso. O importante a destacar aqui é a importância da linguagem. Aqui já temos uma pequena ponte para a vertente heideggeriana, pois depende do que se entende por linguagem. Habermas reduz a linguagem ao racional e funcional. Nunca pensa a essência da linguagem e não tem a menor abertura para o lugar-poético da linguagem.
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:Potencialmente, onde há quatro seres humanos, um levantará para [[trabalho|trabalhar]]; um outro pensará, desde que se levante, como "trabalhará" para roubar o que trabalha; o terceiro se apropriará do trabalho do primeiro, instituirá a mais valia e venderá aos outros; finalmente, o quarto exercerá o poder da relação de produção e da [[produção]] de relações. E imporá não só uma [[ordem]], mas também a fundará num poder pelo qual dominará os outros e os roubará. Chama-se a isso relações humanas. Porém, o ser humano não se reduz às relações e funções. Só porque o ser humano já é sendo, é que lhe advêm as possibilidades das relações. Visto a partir das possibilidades do sendo do ser, pode entre-acontecer o sentido ético-poético das relações. Então, as relações não se reduzirão a processos, mas nelas o sentido vem do entre-acontecer da realidade.
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:Potencialmente, onde há quatro seres humanos, um levantará para trabalhar; um outro pensará, desde que se levante, como "trabalhará" para roubar o que trabalha; o terceiro se apropriará do trabalho do primeiro, instituirá a mais valia e venderá aos outros; finalmente, o quarto exercerá o poder da relação de produção e da produção de relações. E imporá não só uma ordem, mas também a fundará num poder pelo qual dominará os outros e os roubará.
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:Chama-se a isso relações humanas. Porém, o ser humano não se reduz às relações e funções. Só porque o ser humano já é sendo, é que lhe advêem as possibilidades das relações. Visto a partir das possibilidades do sendo do Ser, sendo este a medida do sendo, pode entre-acontecer o sentido ético-poético das relações. Então, as relações não se reduzirão a processos, mas nelas o sentido vem do entre-acontecer da realidade.
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:- [[Manuel Antônio de Castro]]
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Edição de 22h07min de 28 de março de 2009

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Potencialmente, onde há quatro seres humanos, um levantará para trabalhar; um outro pensará, desde que se levante, como "trabalhará" para roubar o que trabalha; o terceiro se apropriará do trabalho do primeiro, instituirá a mais valia e venderá aos outros; finalmente, o quarto exercerá o poder da relação de produção e da produção de relações. E imporá não só uma ordem, mas também a fundará num poder pelo qual dominará os outros e os roubará. Chama-se a isso relações humanas. Porém, o ser humano não se reduz às relações e funções. Só porque o ser humano já é sendo, é que lhe advêm as possibilidades das relações. Visto a partir das possibilidades do sendo do ser, pode entre-acontecer o sentido ético-poético das relações. Então, as relações não se reduzirão a processos, mas nelas o sentido vem do entre-acontecer da realidade.


- Manuel Antônio de Castro