Rio

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 22h44min de 9 de Dezembro de 2010 por Fábio (Discussão | contribs)

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"O rio é, ao mesmo tempo, permanência e mudança. O trânsito de suas águas gesticula o inefável de suas margens. Estas, não indicam um caminho. Em vez disso, suscitam um itinierário de dúvidas e questionamentos, na medida em que apontam ao horizonte do não-saber. Mais ainda, desdobram-se na tensão vida-e-morte enquanto incursão na travessia do homem, posto que só se dão como margem porque há um fluxo de águas que as faz margear. As margens não são margens porque delimitam o curso do rio, mas porque o próprio rio doa sua condição de permanência" (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. "O rio como insólito na terceira margem do homem". In: GARCÍA, Flavio; PINTO, Marcello de Oliveira; MICHELLI, Regina (orgs.). O insólito em questão – Anais do V Painel Reflexões sobre o Insólito na narrativa ficcional/ I Encontro Nacional Insólito como Questão na Narrativa Ficcional. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2010, p. 30.


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O rio flui constante, repentina e inauguralmente em cada lugar de seu curso; logo, ele é a permanência tensional entre a fonte e a foz não só nos lugares onde nasce e deságua, mas em todo seu corpo fluvial. Ao desaguar no mar, o rio se plenifica, pois é tanto mais rio quanto o mar o possibilita ser.


- Fábio Santana Pessanha


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