Nada

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"P - O [[vazio]] é então a mesma coisa que o nada, isto é, o vigor que procuramos pensar como o outro de toda [[vigência]] e de toda [[ausência]]? J - De certo... Para nós, o vazio é o nome mais elevado para se designar o que o senhor quer dizer com a palavra [[ser]]" (1).
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:"P - O vazio é então a mesma coisa que o nada, isto é, o vigor que procuramos pensar como o outro de toda vigência e de toda ausência? J - De certo... Para nós, o vazio é o nome mais elevado para se designar o que o senhor quer dizer com a palavra ser..."
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:Referências:
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:HEIDEGGER, Martin. De uma conversa sobre a linguagem entre um japonês e um pensador. In: ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 87.
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:(1) HEIDEGGER, Martin. De uma conversa sobre a linguagem entre um japonês e um pensador. In: ''Ensaios e conferências''. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 87.
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:"Através de seus graves defeitos - que um dia ela talvez pudesse mencionar sem se vangloriar - é que chegara agora a poder amar. Até aquela glorificação: ela amava o Nada. A conscidência de sua permanente queda humana a levava ao amor do Nada."  
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:"Através de seus graves defeitos - que um dia ela talvez pudesse mencionar sem se vangloriar - é que chegara agora a poder [[amor|amar]]. Até aquela glorificação: ela amava o Nada. A [[consciência]] de sua permanente queda [[humano|humana]] a levava ao amor do Nada" (1).
:Referências:
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:LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 25.
 
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== Ver também ==
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:(1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres''. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 25.
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*[[Canto]]
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*[[Vaso]]
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*[[Ser]]
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*[[Vazio]]
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Edição de 00h09min de 25 de janeiro de 2009

1

"O poeta, em seu canto, próximo à Terra Natal, desfia a alegria a troco de Nada. Isso é contradizer-se, jogar no Vazio ou meditar extra-vagâncias? Devagar, vagando se descobre a falta-que-faz, o fazer-que-falta: cercando o eixo das rodas com raios, se descobre que a utilidade da roda consiste no seu Nada; escavando-se a argila para modelar vasos, descobre-se que a utilidade dos vasos está no seu Nada; abrindo-se portas e janelas para que haja um quarto, descobre-se que a utilidade do quarto está no seu Nada. Por isso, parafraseando Lao-Tzu, em seu fragmento XI, do Tao Te King, pode-se dizer que enquanto nos aproximamos do fazer, o que não é feito se aproxima de nós".


Referências:
ALBERNAZ, Maria Beatriz. Paidéia poética na cidade sitiada - um estudo de Clarice Lispector. Tese de doutorado, 2006. Faculdade de letras da UFRJ. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura. Área de Poética.


2

"P - O vazio é então a mesma coisa que o nada, isto é, o vigor que procuramos pensar como o outro de toda vigência e de toda ausência? J - De certo... Para nós, o vazio é o nome mais elevado para se designar o que o senhor quer dizer com a palavra ser" (1).


Referências:
(1) HEIDEGGER, Martin. De uma conversa sobre a linguagem entre um japonês e um pensador. In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 87.

3

"Através de seus graves defeitos - que um dia ela talvez pudesse mencionar sem se vangloriar - é que chegara agora a poder amar. Até aquela glorificação: ela amava o Nada. A consciência de sua permanente queda humana a levava ao amor do Nada" (1).


Referências:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 25.
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