Insólito

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"Paris, de súbito, aquela terra estranha, dera-lha a [[dor]] mais insólita – a de sua perdição [[real]]. Estar perdida não era a [[verdade]] corriqueira mas era a irrealidade que lhe vinha dar a noção de sua condição verdadeira. E a de todos" (1).
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: "Paris, de súbito, aquela terra estranha, dera-lha a [[dor]] mais [[insólita]] – a de sua perdição [[real]]. Estar perdida não era a [[verdade]] corriqueira mas era a [[irrealidade]] que lhe vinha dar a noção de sua [[condição]] [[verdadeira]]. E a de todos" (1).
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:(1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres''. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 45.
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: (1) LISPECTOR, Clarice. '''Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres'''. 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 45.
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:"O in-sólito: a quebra da banalidade na dupla regência do prefixo "in-" em negar e adentrar intensivamente o que é [[sólito]]: permanência e mudança que se refluem, transitando no que não foi delimitado" (1).
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: "O ''[[sentido]] do [[mundo técnico]] oculta-se''. Porém, se atentarmos agora, particular e constantemente, que em todo o [[mundo técnico]] deparamos com um [[sentido]] oculto, então encontramo-nos imediatamente na esfera do que se oculta de nós e se oculta precisamente ao [[vir]] ao nosso encontro. O que, deste modo,  se mostra e simultaneamente se retira é o traço [[fundamental]] daquilo a que chamamos [[mistério]]. Denomino a [[atitude]] em virtude da qual nos mantemos [[abertos]] ao [[sentido]] oculto no [[mundo técnico]] a ''[[abertura]] ao [[mistério]] (die Offenheit für das Geheimnis'')". (1).
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:(1) PESSANHA, Fábio Santana. "O rio como insólito na terceira margem do homem". In: GARCÍA, Flavio; PINTO, Marcello de Oliveira; MICHELLI, Regina (orgs.). ''[http://www.dialogarts.uerj.br/arquivos/simposios.pdf O insólito em questão]'' – Anais do V Painel Reflexões sobre o Insólito na narrativa ficcional/ I Encontro Nacional Insólito como Questão na Narrativa Ficcional. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2010, p. 30.
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: *[[Extraordinário]]
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: *[[Rio]]
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: "O ''[[sentido]] do [[mundo técnico]] oculta-se''. Porém, se atentarmos agora, particular e constantemente, que em todo o [[mundo técnico]] deparamos com um [[sentido]] oculto, então encontramo-nos imediatamente na esfera do que se oculta de nós e se oculta precisamente ao [[vir]] ao nosso encontro. O que, deste modo,  se mostra e simultaneamente se retira é o traço [[fundamental]] daquilo a que chamamos [[mistério]]. Denomino a [[atitude]] em virtude da qual nos mantemos [[abertos]] ao [[sentido]] oculto no [[mundo técnico]] a ''[[abertura]] ao [[mistério]] (die Offenheit für das Geheimnis'') (1).
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: (1)  HEIDEGGER, Martin. ''Serenidade''. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p.25.
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: (1)  HEIDEGGER, Martin. '''Serenidade'''. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 25.

Edição atual tal como 22h55min de 22 de janeiro de 2022

1

"Paris, de súbito, aquela terra estranha, dera-lha a dor mais insólita – a de sua perdição real. Estar perdida não era a verdade corriqueira mas era a irrealidade que lhe vinha dar a noção de sua condição verdadeira. E a de todos" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 45.

2

"O sentido do mundo técnico oculta-se. Porém, se atentarmos agora, particular e constantemente, que em todo o mundo técnico deparamos com um sentido oculto, então encontramo-nos imediatamente na esfera do que se oculta de nós e se oculta precisamente ao vir ao nosso encontro. O que, deste modo, se mostra e simultaneamente se retira é o traço fundamental daquilo a que chamamos mistério. Denomino a atitude em virtude da qual nos mantemos abertos ao sentido oculto no mundo técnico a abertura ao mistério (die Offenheit für das Geheimnis)". (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 25.