Deuses
De Dicionário de Poética e Pensamento
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: (2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". In: -----. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992, 134. | : (2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". In: -----. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992, 134. | ||
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+ | : "A [[palavra]], no modo em que já foi [[palavra]], perdeu-se do antigo [[lugar]] em que [[deuses]] apareciam. Como já foi a [[palavra]]? A [[proximidade]] de um [[deus]] acontecia na própria [[saga]] de um [[dizer]]. O [[dizer]] era em si mesmo o deixar [[aparecer]] do que havia sido contemplado por aqueles que dizem, porque isso já os havia contemplado. Esse [[olhar]] trouxe os que dizem e os que escutam para a intimidade [[infinita]] da luta entre [[homens]] e [[deuses]]" (1). | ||
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+ | : (1) HEIDEGGER, Martin. "A palavra". In: ----. ''A caminho da Linguagem''. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis (RJ): Vozes. Bragança Paulista (SP): Editora Universitária São Francisco, 2003, p. 173. |
Edição de 14h10min de 13 de Dezembro de 2017
Tabela de conteúdo |
1
- "Deuses não são entidades, mas as diferentes modalidades manifestativas do vigorar do sagrado. Deuses são forças misteriosas que constituem a realidade e o ser humano em sua realidade. Por isso, todas as culturas sempre tiveram deuses" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Cura e o ser humano". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 222.
2
- "Os deuses de fato existem e é evidente o conhecimento que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das pessoas, essa não existe: as pessoas não constumam preservar a noção que têm dos deuses. Ãmpio não é quem rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui aos deuses os falsos juÃzos dessa maioria" (1).
- Referência:
- (1) EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. e Apresentação de Ãlvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 25.
3
- "Os deuses mÃticos, em sua origem, nada têm a ver com fetichismo, idolatria ou magia. Apontam para "uma denominação condizente e adequada à vigência do extraordinário e ao vigor do mistério da realidade. É o que exprimiam com palavras theoi, theontes kai daÃmones, isto é, em palavras que significam aparições, processos de eclodir, surgir e dar-se" (2) " (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Ulisses e a Escuta do canto das Sereias". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, 161.
- (2) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". In: -----. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, 134.
4
- "A palavra, no modo em que já foi palavra, perdeu-se do antigo lugar em que deuses apareciam. Como já foi a palavra? A proximidade de um deus acontecia na própria saga de um dizer. O dizer era em si mesmo o deixar aparecer do que havia sido contemplado por aqueles que dizem, porque isso já os havia contemplado. Esse olhar trouxe os que dizem e os que escutam para a intimidade infinita da luta entre homens e deuses" (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. "A palavra". In: ----. A caminho da Linguagem. Trad. Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis (RJ): Vozes. Bragança Paulista (SP): Editora Universitária São Francisco, 2003, p. 173.