Dança

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:O que há de essencial na dança é que ela incorpora a música a partir do que é comum a ambas, o silêncio, e a faz desabrochar nas possibilidades de advir ao ver, onde comparecem o figurar e o vazio, enquanto poiesis, o vigor do poético. Mas é necessária uma reflexão especial porque, embora, a dança se funde no ver/imagem, esta também não incorpora a imagem-conceito-representação. Se a música faz presente a escuta, a dança faz presente a figuração-imagem, mas sem representação. A dança se dá na tensão vazio/gesto. E aí é necessário pensar a poiesis-verbo noutras dimensões e medidas. Todo andar, se mover, lugar e mundo já são dança. Esta, pois, vai estar ligada a dzoé/vida-psiché/respirar-Hermes/verbo-poiesis/vigor poético.
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:O que há de essencial na dança é que ela incorpora a música a partir do que é comum a ambas, o silêncio, e a faz desabrochar nas possibilidades de advir ao ver, onde comparecem o figurar e o vazio, enquanto ''poíesis'', o vigor do poético. Mas é necessária uma reflexão especial porque, embora, a dança se funde no ver/imagem, esta também não incorpora a imagem-conceito-representação. Se a música faz presente a escuta, a dança faz presente a figuração-imagem, mas sem representação. A dança se dá na tensão vazio/gesto. E aí é necessário pensar a ''poíesis''-verbo noutras dimensões e medidas. Todo andar, se mover, lugar e mundo já são dança. Esta, pois, vai estar ligada a dzoé/vida-psiché/respirar-Hermes/verbo-''poíesis''/vigor poético.
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Edição de 21h35min de 29 de março de 2009

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A profunda ligação e integração de corpo e dança não é simpesmente uma questão de posicionamento artístico ou estético, mas, sim, poético-onto-fenomenológico. Diz Capra, citando Varela e Coutinho: "[...] a dança mútua entre sistema imunológico e corpo... permite que o corpo tenha uma identidade mutável e plástica ao longo de toda a sua vida e seus múltiplos encontros" (1).


- Manuel Antônio Castro


Referência:
(1) CAPRA, Fritjof. A rede da vida. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 220.


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O que há de essencial na dança é que ela incorpora a música a partir do que é comum a ambas, o silêncio, e a faz desabrochar nas possibilidades de advir ao ver, onde comparecem o figurar e o vazio, enquanto poíesis, o vigor do poético. Mas é necessária uma reflexão especial porque, embora, a dança se funde no ver/imagem, esta também não incorpora a imagem-conceito-representação. Se a música faz presente a escuta, a dança faz presente a figuração-imagem, mas sem representação. A dança se dá na tensão vazio/gesto. E aí é necessário pensar a poíesis-verbo noutras dimensões e medidas. Todo andar, se mover, lugar e mundo já são dança. Esta, pois, vai estar ligada a dzoé/vida-psiché/respirar-Hermes/verbo-poíesis/vigor poético.

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