Deus
De Dicionário de Poética e Pensamento
Edição feita às 06h54min de 23 de Julho de 2017 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- "É mostrando-se como aquele que é um Ele, que o deus desconhecido deve aparecer como o que se mantém desconhecido. A revelação de deus e não ele mesmo, esse é o mistério" (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. " ... poeticamente o homem habita... ". In: Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 174.
- Ver também:
2
- "Os gregos só puderam chamar de ζῷα as estátuas e imagens dos deuses, porque, para eles, as estátuas e imagens nunca eram estátuas e imagens no sentido de retrato e representação de ausentes na ausência. As imagens e estaturas eram os próprio deuses: presenças do mistério da realidade, realizações que emergem, surgem e vigoram por si mesmas, no vigor de uma vigência inesgotável, que não se deixa saturar" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, pp. 134-5.
3
- - "Acredita em Deus, tio Jakob? Um Pai do Céu, um Deus do Amor? Um Deus com mãos, um coração e olhar vigilante?"
- - "Não use a palavra "Deus". Diga "Santidade". Há santidade em todas as pessoas. Santidade humana. Todo o resto são atributos, disfarce, manifestação e truque. Não se pode decifrar ou capturar a santidade humana. Ao mesmo tempo... é algo que podemos pegar. Algo tangÃvel que dura até a morte. O que acontece depois é escondido de nós. Apenas os poetas, músicos e santos... é que podem descrever aquilo que podemos apenas discernir: o inconcebÃvel. Eles viram, conheceram, compreenderam... não totalmente, mas de modo fragmentado. Para mim é um conforto pensar na santidade humana" (1).
- Referência:
- (1) Ingmar Bergman. No filme A ilha de Bergman, de Marie Nyreröd. Bergman escolhe essa fala de um bispo, tio Jakob, personagem do filme Confições privadas, roteiro de Bergman e dirigido por Liv Ullmann, para dizer, sinteticamente, o que ele pensa a propósito dos temas religiosos de seus filmes.
4
- Referência:
- (1) SILESIUS, Angelus. Angelus Silesius - a mediação do nada. Org. Hubert Lepargner e Dora Ferreira da Silva. São Paulo: T. A. Queiroz, 1986, p. 69.