Romantismo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 00h45min de 3 de janeiro de 2009 por Fábio (Discussão | contribs)
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"O Romantismo é a grande negação da modernidade tal como fora concebida pelo século XVIII e pela razão crítica, utópica e revolucionária. Mas é uma negação moderna, quero dizer: uma negação dentro da modernidade. Só a idade crítica podia gerar uma negação assim total" (1). "O Romantismo convive com a modernidade e a ela se funde só para, uma e outra vez, transgredi-la. Estas transgressões assumem muitas formas, mas se manifestam sempre de duas maneiras: a analogia e a ironia. Pela primeira entendo " a visão do universo como um sistema de correspondências e a visão da linguagem como o duplo do universo" (2). No final desta citação Octavio Paz cita a ele mesmo, ou seja: Os filhos do barro. A ironia: "É o furo no tecido das analogias, a exceção que interrompe as correspondências... A ironia é a dissonância que rompe o concerto das correspondências e o transforma em galimatias. A ironia tem vários nomes: é a exceção, o irregular, o bizarro, como dizia Baudelaire, e, numa palavra, o grande acidente: a morte" (3). "A ironia é a manifestação da crítica, no reino da imaginação e da sensibilidade; sua essência é o tempo sucessivo que desemboca na morte" (4).


Referências:
(1) PAZ, Octavio. Ruptura e convergência. In: A outra voz. São Paulo: Siciliano, 2001, p. 37.
(2) Idem
(3) Ibidem, p. 38.
(4) Idem


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