Amar
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 22h51min de 17 de Abril de 2010 por Profmanuel (Discussão | contribs)
1
- O amado será um inquilino como o próximo, ainda que sempre como o mais próximo. Este é o paradoxo do amar, só vigorar na proximidade, mas isto não é uma questão de individualismo e isolamento, mas a nossa condição de jamais podermos ser senão o ser que somos e só como proximidade sermos o amado. A proximidade não é negativa, mas a possibilidade máxima de poder afirmar no amar a diferença que é o amado. Amar não é anular mas afirmar originariamente aquele que sendo o que não sou me é o mais próximo. Só assim podemos co-habitar na proximidade do coração. Amar é co-habitar o coração, é Ser coração-co-habitante. A unidade dos amantes é o Amar assim como a unidade do sou de cada amante é o Ser. A proximidade é mais do que compreender o outro, é aceitá-lo como ele é e não pode deixar de ser.
2
- "É preciso aprender a viver. Eu pratico todo dia. Meu maior obstáculo é não saber quem sou. Eu tateio cegamente. Se alguém me ama como eu sou, posso finalmente ter coragem de olhar para mim mesma. Essa possibilidade é pouco viável" (1).
- Referência:
- (1) BERGMAN, Ingmar. Sonata de outono.
3
- "Que medo alegre o de te esperar" (1).
- Referência:
- (1) LISPECTOR, Clarice. Texto publicado numa montagem artística de fotos com textos de Clarice, sem indicação da fonte.