Aparecer
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : "Toda [[diferença]] é o [[outro]] de si-mesmo e o [[outro]] dos [[outros]]. Então, por esses dois [[motivos]], não se pode trabalhar de maneira alguma com a [[oposição]] [[aparência]] e [[essência]]. Esta [[dicotomia]] atribuída a Platão funda-se em uma [[leitura]] equivocada do que ele propõe para ser pensado. A ''[[idéa]]'' não é o oposto do que aparece. Ele trabalha com o ''tò mé on'', o ''[[nada criativo]]'', com as [[possibilidades]] de e para as [[possibilidades]]. Portanto, o [[lugar]] do [[aparecer]] e do [[parecer]] da [[aparência]] está em que tal [[aparecer]] se torna o índice de algo que não pode ser repetido nem esperado como o definitivo, mas como um passo no [[caminho]] que se pode [[realizar]] sem jamais completar e repetir, exigindo novos passos. Nesse sentido, o [[passado]] sempre vigora, não passa" (1). | ||
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. ''Arte: o humano e o destino''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 308. |
Edição de 15h39min de 19 de Julho de 2017
1
- "...é essencial diferenciar as ações éticas daquelas morais. Na moral o parecer é mais importante do que o ser. Claro, não pode haver uma dicotomia, mas também não é a mesma coisa. O parecer consiste em considerar o aparecer sem o ser. São os valores da aparência, das máscaras, dos simulacros, dos estereótipos, dos hábitos, do já aceito e repetido como sabido" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O humano, o poético e a contracultura". In: www.travessiapoetica.Blogspot.com.
2
- "A verdade é o desvelamento do sendo enquanto sendo. A verdade é a verdade do ser. A beleza não aparece junto desta verdade. Quando a verdade se põe na obra, ela aparece. O aparecer é – como este ser da verdade na obra e como obra – a beleza. Assim, o belo pertence ao acontecer-se apropriante da verdade" (1).
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 207 .
3
- "Toda diferença é o outro de si-mesmo e o outro dos outros. Então, por esses dois motivos, não se pode trabalhar de maneira alguma com a oposição aparência e essência. Esta dicotomia atribuída a Platão funda-se em uma leitura equivocada do que ele propõe para ser pensado. A idéa não é o oposto do que aparece. Ele trabalha com o tò mé on, o nada criativo, com as possibilidades de e para as possibilidades. Portanto, o lugar do aparecer e do parecer da aparência está em que tal aparecer se torna o índice de algo que não pode ser repetido nem esperado como o definitivo, mas como um passo no caminho que se pode realizar sem jamais completar e repetir, exigindo novos passos. Nesse sentido, o passado sempre vigora, não passa" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Amar e ser". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 308.