Amor

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"O afastamento e até a perda do [[pensamento]] acontece quando ele se afasta do seu elemento. Que elemento é este? O elemento é o propriamente poderoso: o poder. Ele se apega ao pensamento e assim conduz à sua essência. O pensamento pertence ao Ser e é provocado por ser. Ele aumenta o Ser. O pensamento significa: o ser se apegou, num destino [[histórico]], à sua [[essência]]. Apegar-se a uma coisa ou pessoa em sua essência quer dizer: amá-la, querê-la"(1).
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:"O amor é que é o [[destino]] [[verdadeiro]]" (1).
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:Aqui é fundamental perceber que quando se diz "o pensamento é", não nos referimos a predicativos, porque ele simplesmente é, e não isto ou aquilo. Ora, quando simplesmente é, o "é" é o sujeito, a medida do pensamento. Daí pensamento e ser, no "é", serem um e o mesmo. [[Ser]] um e o mesmo quer dizer: amá-la, querê-la. De novo, devemos distinguir que aqui não se quer ou ama isto ou aquilo como um predicativo do sujeito. Amar e querer, enquanto "é", diz simplesmente amar = ser: é; [[querer]] = ser: é. Disso podemos concluir: pensamento é igual a viger o pensamento no seu elemento. Qual? O ser. Nessa dimensão e medidos pelos ser: pensamento, amor e poesia são um e o mesmo.
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:- [[Manuel Antônio de Castro]]
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:(1) HEIDEGGER, Martin. ''Cartas sobre o Humanismo''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967, p. 28.
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: (1) ROSA, João Guimarães. "Buriti". In:-------.  ''Noites do sertão''. 4. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 103.
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Edição de 14h34min de 26 de Julho de 2015

1

"O amor transforma o agradecimento em fidelidade para conosco e em crença incondicional no outro. Dessa forma, o amor intensifica constantemente o seu segredo mais peculiar. A proximidade implica aqui a maior distância diante do outro. Essa distância não deixa nada desaparecer, mas nos lança ao seio da simples presença de uma revelação transparente, apesar de incompreensível. O coração nunca está em condições de dominar o despontar repentino do outro em nossa vida. Um destino humano entrega-se a um destino humano e o serviçõ do amor puro é manter desperta essa entrega exatamente como no primeiro dia" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Correspondência 1925/1975. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001, p. 8.

2

"Mas, Surupita, amor é coragens. E amor é sede depois de se ter bem bebido..." (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. "Dão-Lalão". In:-------. Noites do sertão. 4. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 61.

3

"Mas parecia-lhe que, assim como uma mulher às vezes se guardava intocada para dar-se um dia ao amor, que ela queria morrer talvez ainda toda inteira para a eternidade tê-la toda" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 40.


Ver também:


4

"O amor é que é o destino verdadeiro" (1).


Referência:
(1) ROSA, João Guimarães. "Buriti". In:-------. Noites do sertão. 4. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969, 103.

5

"O Um mais o Um gerado por ele e o amor que os une formam a tríade pitagórica', simbolizada pelo triângulo sagrado de lados iguais" (1).
Referência:
(1) SANTOS, Mário Ferreira dos. Pitágoras e o tema do número. São Paulo: Logos, 1959, p. 74.


6

"Mas é difícil falar sobre amor, essa mistura de impulsos e ataques de vertigem que cresce como um câncer até se tornar inexpugnável" (1).


Referência:
- (1) Fala de Marianne, no filme de LIV ULLMANN Infiel. Roteiro de Ingmar Bergman.


7

"Nada será perdido dos que foram grandes; cada um a seu modo e segundo a grandeza do objeto que amou. Porque aquele que amou a si próprio foi grande pela sua pessoa; quem amou a outrem foi grande dando-se; mas o que amou a Deus foi o maior de todos. A história celebrará os grandes homens, mas cada um foi grande pelo objeto da sua esperança: um engrandeceu-se na esperança de atingir o possível; um outro na esperança das coisas eternas - mas aquele que quis alcançar o impossível foi, de todos, o maior" (1).


Referência:
(1) KIERKEGAARD, Sören. Temor e tremor. Lisboa: Guimarães Editores, 1998, p. 30.
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