Banalização

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:O banal é o trivial. E este se torna a essência do cotidiano, perdendo este o seu vigor [[originário]]. E, assim, mesmo vendo e sentindo, nos tornamos cegos e insensíveis para o [[extraordinário]]. Não é o social que nos condiciona. É a banalização e a trividalidade das vivências na uniformidade do cotidiano. E o seu sinal mais evidente é a banalização da [[linguagem]].
:O banal é o trivial. E este se torna a essência do cotidiano, perdendo este o seu vigor [[originário]]. E, assim, mesmo vendo e sentindo, nos tornamos cegos e insensíveis para o [[extraordinário]]. Não é o social que nos condiciona. É a banalização e a trividalidade das vivências na uniformidade do cotidiano. E o seu sinal mais evidente é a banalização da [[linguagem]].
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]
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:Banalização dá-se em dois momentos interligados: o tomar [[conhecimento]] pelo caminho mais rápido e econômico (meios digitais de comunicação, redes sociais etc.), e com a mesma rapidez essas [[informações]] serem esquecidas, porque não [[essenciais]], ou seja, banais. No âmbito  do consumo é a facilidade de comprar e usar serviços e utensílios, ligada à mesma facilidade de desfazer-se deles, abandonando-os, ou seja, eles perdem a [[função]], ou porque foram ultrapassados por outros mais sofisticados ou porque ninguém mais usa, perdendo, portanto, a função. A [[questão]] maior é quando as próprias [[pessoas]] se banalizam e se tornam descartáveis. Essa talvez seja a característica maior de nossa [[época]], império da tecno-ciência. Esta, sem o [[horizonte]] do [[humano]], facilmente leva ao banal.
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 22h06min de 3 de Agosto de 2013

1

O banal é o trivial. E este se torna a essência do cotidiano, perdendo este o seu vigor originário. E, assim, mesmo vendo e sentindo, nos tornamos cegos e insensíveis para o extraordinário. Não é o social que nos condiciona. É a banalização e a trividalidade das vivências na uniformidade do cotidiano. E o seu sinal mais evidente é a banalização da linguagem.


- Manuel Antônio de Castro


2

Banalização dá-se em dois momentos interligados: o tomar conhecimento pelo caminho mais rápido e econômico (meios digitais de comunicação, redes sociais etc.), e com a mesma rapidez essas informações serem esquecidas, porque não essenciais, ou seja, banais. No âmbito do consumo é a facilidade de comprar e usar serviços e utensílios, ligada à mesma facilidade de desfazer-se deles, abandonando-os, ou seja, eles perdem a função, ou porque foram ultrapassados por outros mais sofisticados ou porque ninguém mais usa, perdendo, portanto, a função. A questão maior é quando as próprias pessoas se banalizam e se tornam descartáveis. Essa talvez seja a característica maior de nossa época, império da tecno-ciência. Esta, sem o horizonte do humano, facilmente leva ao banal.


- Manuel Antônio de Castro
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